15 de novembro de 2024

Escritores paraenses, Celso Viáfora e Marcos Quinan lançam, em Belém, obras literárias inspiradas nas próprias histórias


Celso apresenta o romance “Balada do Tempo Inacabado”; e Quinan, a poesia em “Gestos de cada lugar” e a ficção inspirada na história brasileira em “Anabel, Brás Teodoro e o povo do Belo Monte”. Celso Viáfora e Marcos Quinan promovem noite de autógrafos em Belém.
Eudes Fraga / Divulgação
Os escritores e compositores Celso Viáfora e Marcos Quinan lançaram, nesta segunda-feira (11), em Belém, novas obras no mercado literário paraense.
Celso apresenta o livro “Balada do Tempo Inacabado”; e Quinan, “Gestos de cada lugar” e “Anabel, Brás Teodoro e o povo do Belo Monte”.
A noite de autógrafos foi na Confraria do Fraga, uma casa cultural localizada na R. Veiga Cabral, no bairro da Cidade Velha.
Marcos Quinan, em suas duas obras, conta um pouco da própria história. Ele transforma o trabalho da filha como médica que rodou cidades brasileiras em poesia em “Gestos de cada lugar”; e se vale do fascínio pela Revolta de Canudos, no lugar chamado “Belo Monte”, fundado por Antônio Conselheiro em 1893 para abrigar camponeses pobres e desvalidos, para compor o cenário de uma ficção em “Anabel, Brás Teodoro e o povo do Belo Monte”.
Já Celso conta que é o terceiro romance que publica, mais uma vez, baseado no interesse pela música para compor o cenário da história. Ele se inspirou nas memórias que viveu no grandioso Festival Internacional Viña del Mar, no Chile, onde já representou o Brasil. O festival reúne multidão e é transmitido para milhares de telespectadores em países de língua espanhola.
“Foi na época da ditadura do Pinochet. Então eu misturo a minha história para falar, quase em forma documental, das festas, daquele ambiente, onde o casal do romance vive uma grande história de amor”.
Sobre os autores
Marcos Quinan
Ator, iluminador, diretor e dramaturgo, criando, com Paulo Roberto Vasconcelos, a Companhia de Teatro do Autor Brasileiro.
Ao lado de Nilson Chaves e Roseli Naves, fundou, nos anos 1980, a editora e gravadora Outros Brasis, responsável pelo lançamento de discos de vários compositores, como Walter Freitas, Celso Viáfora, Vital Lima, Amadeu Cavalcante, Juraildes da Cruz e Nilson Chaves.
Como compositor, lançou os álbuns “Canção dos povos da noite” (1998), “Dentro da palavra” (2001), “Rio do Braço” (2002), “Abrigo para um violeiro andante” (2004) e “São José Diligente” (2005).
Como escritor, publicou os livros “Sertão do São Marcos” (2000), “Sertão d’água” (2001), “Sertão do Reino” (2003), “Oração de floresta e rio e outros poemas” (2003) e “O povo do Belo Monte” (2004).
Celso Viáfora
Ingressou no cenário artístico no final da década de 1970, participando de festivais e apresentando-se em casas noturnas do Rio de Janeiro e São Paulo.
À época, foi contemplado com o prêmio de Melhor Arranjo no Festival Internacional de Viña del Mar, no Chile, com a música “Grão da terra”.
Lançou os álbuns “Trocando figura”, “Célso Viáfora”, “Paixão candeeira”, “Cara do Brasil”, “Basta um tambor bater”, “Palavra!”, “Nossas canções”, “Batuque de tudo”.
Como compositor, tem músicas gravadas por Fafá de Belém, Ney Matogrosso, Vânia Bastos, Ivan Lins, Nílson Chaves, Eduardo Gudin e Jane Duboc.

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