7 de janeiro de 2025

Estado confirma casos de febre amarela em macacos na USP de Ribeirão Preto


População não vacinada em raio de 300 metros do campus deverá receber doses do imunizante. Análise foi realizada pelo Instituto Adolfo Lutz em quatro primatas da espécie bugio mortos em área de mata no fim de dezembro. Macacos encontrados mortos em Ribeirão Preto, SP, são da espécie bugio
Reprodução/EPTV
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (6) que os macacos encontrados mortos em uma área de mata do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), estavam infectados pela febre amarela.
O caso ocorreu entre o Natal e o Ano Novo, e a doença nos primatas já havia sido apontada pelo Laboratório de Virologia da USP. As amostras foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), que confirmou a presença do vírus nos quatro primatas.
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A secretaria já havia anunciado na sexta-feira (3) a vacinação de bloqueio destinada aos moradores do campus e às pessoas que vivem em um raio de 300 metros do local e que ainda não foram vacinadas contra a doença.
Para isso, a pasta remanejou 20 mil doses do imunizante para a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
Nas redes sociais da prefeitura, o secretário de saúde Maurício Godinho afirmou que toda a população não vacinada poderá receber a dose do imunizante, com prioridade para crianças e moradores de áreas próximas a matas.
Macacos não transmitem febre amarela
Macacos mortos em Ribeirão Preto, SP, estavam contaminados com o vírus da febre amarela
Divulgação
A Secretaria de Saúde reforçou, em nota, que os macacos não transmitem a febre amarela. A infecção é propagada por meio de mosquitos silvestres, como Haemagogus e Sabethes e urbanos, como o Aedes aegypti, causador também da dengue, zika e chikungunya.
No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e também amplificadores do vírus. Eles podem contrair a doença, assim como os humanos, que, neste ciclo, são considerados hospedeiros acidentais. O risco de contaminação é maior em áreas de mata e zonas rurais, como acampamentos e trilhas.
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Em áreas urbanas, a febre amarela é considerada erradicada no Brasil desde a década de 1940.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir proteção por toda a vida. No entanto, a recomendação é que pessoas que viajem para áreas de risco se imunizem pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Sintomas da doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, de evolução rápida e gravidade variável, mas que pode ser evitada por meio da vacina.
Nas formas mais graves, a doença pode levar à morte. Sempre que surgirem casos suspeitos, é necessário comunicar as autoridades competentes em até 24 horas, para que medidas de urgência sejam tomadas e o contágio seja evitado.
Segundo a Secretaria de Saúde do estado, os sintomas iniciais da febre amarela incluem:
Início súbito de febre;
Calafrios;
Dor de cabeça intensa;
Dores nas costas;
Dores no corpo em geral;
Náuseas e vômitos;
Fadiga;
Fraqueza.
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