José de Souza, confecciona em média 40 peças mensais, utilizando exclusivamente a fibra natural da bananeira. Ex-agricultor faz cestas com folhas de bananeira no norte do Paraná
É no quintal de casa em Doutor Camargo, no norte do Paraná, que José de Souza cultiva sua matéria-prima. Ele planta bananas não por conta dos frutos, mas, sim, para aproveitar o tronco: camada por camada, o que seria jogado fora depois da colheita dos cachos vira decoração, na forma de cestas artesanais.
Atualmente ele produz cerca de 40 peças por mês, todas a partir da fibra natural da bananeira. A maioria são cestas, de vários tamanhos, vendidas com ajuda de uma associação em Maringá.
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Por conta das boas vendas, o ex-agricultor revela que a cada item vendido, ele se sente ainda mais motivado a produzir mais. “Fico muito satisfeito; muitas vezes, a pessoa não efetua a compra, mas elogia, dizendo que é um produto bonito e interessante,” comenta.
Atualmente mais de 30 artesãos produzem, ao todo, mais de 2 mil peças por mês e as comercializa em feiras, eventos e festas, inclusive, em outras cidades. Para os associados, o artesanato pode chegar a representar 40% da rende familiar ou ser, até mesmo, a principal fonte de renda das famílias.
Depressão
Ex-agricultor faz cestas com folhas de bananeira no norte do Paraná
RPC/Caminhos do Campo
Souza dedicou sua vida ao trabalho rural, mas teve que interromper suas atividades devido a um problema na coluna. No entanto, essa pausa acabou trazendo à tona a depressão, que o novo ofício manual auxiliou na superação.
“Me sentia inútil por não estar fazendo nada. Foi aí que comecei a mexer com artesanato, eu já sabia fazer chapéu, cesto, que tinha aprendido com meus sogros. Cada peça que eu fazia foi me fazendo bem, junto com os remédios que tive que tomar. Hoje, me considero curado da depressão.”, afirma.
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Artesanato no Paraná
O artesão faz parte de um grupo de 25 mil pessoas que trabalham com o artesanato no Paraná, e que movimentam, em média, R$ 70 milhões por ano, de acordo com a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ofício garante renda a, pelo menos, 10 milhões de pessoas no Brasil.
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