Por meio de emojis colados em cartazes, os estudantes levantaram assuntos como preconceito racial, migrações ao redor do mundo, cultura LGBT+ e diversidade, além de saúde, corrupção e outros temas relevantes de 2018. Alunos do Colégio João XXIII, em Juiz de Fora, desenterram cápsula de 2018
Entender e lembrar como as coisas eram há seis anos foi o que os alunos do Ensino Fundamental II do Colégio de Aplicação João XXIII, em Juiz de Fora, queriam quando enterraram, em 2018, uma cápsula do tempo com mensagens escritas em linguagem virtual sobre os fatos que estavam ocorrendo naquele ano. No final de 2024, ela foi desenterrada e vários momentos foram relembrados.
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Desenterrar a cápsula levou um certo tempo, até que a grama e a terra que envolviam o objeto fossem retiradas e o invólucro que armazenava e protegia os itens fosse aberto.
“Eu me tornei muito diferente, acho que todos nós, porque a gente era muito pequeno quando a Fabi trouxe esse projeto. Então, é nostálgico lembrar de mim com 11, 12 anos, mas também é bonito lembrar de como tudo era”, comentou a estudante Karina Perantoni.
Dentro da cápsula, lacrada em junho de 2018, foram retiradas reportagens, linguagens e informações. Através de emojis — comunicação que os adolescentes disseram ser a mais usada — colados em cartazes, os estudantes levantaram assuntos como preconceito racial, migrações ao redor do mundo, cultura LGBT+ e diversidade, além de saúde, corrupção e outros temas que eram notícias há 6 anos.
Ex-alunos de colégio de Juiz de Fora reabrem ‘cápsula do tempo’ enterrada no ensino fundamental
TV Integração/Reprodução
O projeto, realizado com alunos do 6º ano e com os que já concluíram o ensino médio, nasceu de uma situação real de sala de aula, quando alguns adolescentes demonstraram estranheza em relação às pinturas rupestres.
Com isso, a professora e coordenadora do projeto, Fabiana Rodrigues, provocou os alunos a refletirem sobre as diferentes marcas deixadas pela sociedade em diferentes tempos, como pistas que revelam o modo de viver em diferentes contextos.
“Fazer os alunos perceberem a nossa condição humana na relação com o nosso tempo e com o tempo que nós marcamos é o da era digital”, comentou Fabiana.
A cápsula foi feita com tubo de PVC lacrado, sílica e naftalina, materiais que resistem a decomposição por pelo menos sete anos.
Ex-alunos de colégio de Juiz de Fora desenterram ‘cápsula do tempo’
TV Integração/Reprodução
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