19 de novembro de 2024

Ex-deputado opositor de Maduro preso na Venezuela está em ‘estado grave’ de saúde, diz filho

Dirigente, de 73 anos, recentemente operado do coração, foi preso na semana passada, ao final de uma vigília em uma praça de Caracas. Manifestação contra Maduro na Venezuela
Reuteres/Leonardo Fernandez Viloria
O ex-deputado e dirigente opositor Williams Dávila, detido na semana passada na Venezuela em meio a uma onda de prisões por protestos pós-eleitorais, foi hospitalizado em “estado grave”, conforme denúncia feita nesta quarta-feira (14) pelo filho dele.
“Ele foi internado com muita febre, uma desidratação profunda e uma infecção urinária severa que evoluiu para uma prostatite aguda com risco de septicemia”, disse à Agência France Presse (AFP) Williams Dávila Valeri. “Ele está sendo atendido no Hospital de Clínicas Caracas sob custódia do Sebin (serviço de inteligência). Ainda não conseguimos vê-lo”, acrescentou.
O dirigente, de 73 anos e recentemente operado do coração, foi preso na quinta-feira (8), ao final de uma vigília em uma praça de Caracas, capital do país. No encontro, os manifestantes pediram a liberdade dos “presos políticos”, depois que mais de 2.400 pessoas foram detidas por protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, considerada fraudulenta pela oposição.
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As autoridades não se pronunciaram sobre a prisão do dirigente ou os crimes que lhe imputam. O ex-deputado Américo De Grazia também foi detido na quinta em circunstâncias ainda não esclarecidas.
A oposição liderada por María Corina Machado reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia e afirma ter provas para comprová-la, enquanto Maduro e seu governo os acusam de instigar um “golpe de Estado” e pedem prisão para ambos. O Ministério Público abriu uma investigação criminal contra os líderes opositores.
A comunidade internacional expressou preocupação com as prisões e pediu detalhes da contagem dos votos, os quais autoridade eleitoral ainda não divulgou.
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Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente venezuelano foi reeleito com 52% dos votos, frente aos 43% de seu adversário, Edmundo González Urrutia, mas não publicou os detalhes da votação, alegando que o sistema de votação foi hackeado.
A oposição denunciou fraudes e afirmou ter 80% das atas, que comprovam a vitória de González Urrutia. O chavismo rejeita as provas apresentadas pela oposição e as classifica como falsas.

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