Misael da Cunha foi denunciado por peculato. Medida foi tomada para impedir que homem entre em contato com testemunhas e garantir o cumprimento da lei, diz Ministério Público do Rio Grande do Sul. Ex-diretor Administrativo e Financeiro do Pronto Socorro de Pelotas, Misael da Cunha, preso preventivamente
Divulgação/ Ministério Público
O ex-diretor Administrativo e Financeiro do Pronto Socorro de Pelotas, Misael da Cunha, foi preso preventivamente na sexta-feira (21), segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Em agosto de 2024, ele foi acusado pelo MPRS por peculato, crime que envolve a apropriação indevida de recursos públicos. A ação aconteceu por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
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O ex-diretor teria desviado R$ 258,3 mil entre março de 2022 e fevereiro de 2024 em 18 ocasiões, valor que deveria ser utilizado para o funcionamento do pronto-socorro. A investigação revelou que o homem utilizou o dinheiro desviado para a confecção de móveis para sua residência e a de seus pais, além de repassar recursos para uma igreja com a qual tem vínculo pessoal.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Cunha, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta matéria.
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No ano passado, o Ministério Público já havia pedido a prisão preventiva do homem, mas foi indeferida pela Justiça. No entanto, o MPRS recorreu e, na quinta-feira (20), o pedido de prisão preventiva foi aceito pelo Tribunal. Com isso, foi cancelada a decisão anterior que permitia que ele respondesse ao crime em liberdade. Ele foi preso em casa e encaminhado ao Presídio Regional de Pelotas.
De acordo com o MPRS, a medida foi tomada para impedir que ele entre em contato com testemunhas e garantir o cumprimento da lei.
Denúncia
Conforme o promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alan, o ex-diretor foi denunciado por sete casos de peculato em 18 ocasiões.
Baseada em uma comunicação inicial feita pela Prefeitura de Pelotas ao MPRS, a denúncia faz parte da “Operação Contágio”. Além da denúncia, o MPRS solicitou a indisponibilidade dos bens do acusado e a reparação dos danos causados aos cofres públicos.
Conforme o MPRS, irregularidades também foram detectadas na prestação de serviços com empresas de portaria, construção civil e móveis planejados.
Nos próximos dias serão ouvidas as testemunhas em juízo.
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