Justiça expediu mandado de prisão contra Márcio Coutinho em 15 de abril. Ele foi voluntariamente até a Delegacia de Polícia de Itu (SP), na manhã de quarta-feira (24). Ex-diretor foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de concussão e associação criminosa. Márcio Coutinho foi diretor do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (SP)
TV TEM/Arquivo
O ex-diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba (SP), Márcio Coutinho, se entregou à polícia na manhã de quarta-feira (24), em Itu (SP). A Justiça expediu mandado de prisão contra ele em 15 de abril de 2024.
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De acordo com o boletim de ocorrência, Coutinho, que é advogado, foi até o 2º Distrito Policial de Itu e informou que sabia que existia um mandado de prisão expedido pela Justiça contra ele, que estava morando em Sorocaba. A condenação saiu em julho de 2020, porém, a execução foi emitida este mês após recursos da defesa dele.
Márcio Coutinho foi diretor do CDP de Sorocaba entre 2001 e 2014. A juíza Daniela Camberlingo Querubim reconheceu que, nesse período de 13 anos, Coutinho teria ocultado e dissimulado lucro de atividade delituosa.
Márcio Coutinho foi diretor do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (SP) de 2001 a 2004
Reprodução/Google Street View
Segundo apurado pela TV TEM, Coutinho foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão, em regime semi-aberto, pelos crimes de concussão e associação criminosa. O caso começou a ser investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2013.
Entenda o caso
Em 3 de abril de 2014, promotores do Gaeco divulgaram uma investigação sobre um esquema de irregularidades para beneficiar presos no CDP de Sorocaba. De acordo com denúncias feitas à polícia, a direção do presídio estaria recebendo propina para facilitar a transferência de presos, a entrada de familiares e drogas na instituição.
Na época, o promotor do Gaeco Cláudio Bonadia disse que quatro pessoas, que estariam ligadas ao esquema fraudulento, tinham sido ouvidas. Bonadio explicou que as investigações começaram em 2013 e que o Gaeco investigava a possibilidade da prática de crime organizado dentro do CDP.
Na época, funcionários do presídio enviaram à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) um pedido de afastamento de Márcio Coutinho e outros seis trabalhadores. Poucos dias depois, Coutinho foi afastado do cargo.
Documento com solicitação foi encaminhada à SAP
Sinfuspesp/Divulgação
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