3 de janeiro de 2025

Ex-namorado de Djidja Cardoso diz à polícia que firmou compromisso em tatuar nome de grupo religioso que usava cetamina em rituais

Após se afastar da doutrina, Bruno Roberto disse à polícia que cobriu a tatuagem com outra. Segundo investigações, ele estava na casa da ex-sinhazinha no dia em que ela foi encontrada morta Ex-namorado de Djidja Cardoso presta depoimento em delegacia de Manaus
O personal trainer Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja Cardoso, que tem a morte investigada por suspeita de overdose de cetamina em Manaus, prestou depoimento como testemunha na tarde desta segunda-feira (3) à Polícia Civil do Amazonas.
Conforme apuração da Rede Amazônica, o personal trainer contou em depoimento que teria se afastado da ex-sinhazinha e do grupo religioso criado pela família dela após ser advertido por um médico sobre os riscos do uso da cetamina.
Há pouco mais de um mês, a polícia começou a investigar Djidja, o irmão e a mãe, Ademar e Cleusimar Cardoso, por tráfico de cetamina. Segundo o inquérito, os três criaram um grupo religioso chamado, “Pai, Mãe, Vida”, que incentivava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual. Bruno, inclusive, cobriu uma tatuagem que fez baseada nos ensinamentos da doutrina.
“Ele disse que efetivamente tinha feito a tatuagem durante um dos encontros que foi feito na casa dos investigados, onde eles firmaram compromisso de todos realizarem essa tatuagem. Vi que ele já havia remarcado a tatuagem com outra por cima”, informou Cícero Túlio, delegado responsável pelo caso.
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Segundo investigações, Bruno estava na casa da ex-sinhazinha no dia em que ela foi encontrada morta. Foi ele quem teria acionado a polícia para comunicar a ocorrência.
O personal trainer chegou à delegacia, em Manaus, acompanhado de um advogado. Na unidade policial, ele foi ouvido por mais de uma hora. Na saída, ele não falou com a imprensa. A defesa dele também não quis se pronunciar.
Em depoimento, conforme o delegado, Bruno relatou que efetivamente os investigados administravam o grupo religioso e existia uma conduta dessas pessoas direcionada a tentar induzir outras a usar cetamina.
“Ele confirmou com tudo que já tem no curso do inquérito”, disse.
A investigação aponta que, além da mãe e irmão de Djidja, Verônica da Costa, gerente de um salão de beleza da ex-sinhazinha, era a responsável por comprar a droga ilegalmente, sem receita médica. Ela tinha apoio de Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, que também eram funcionários da família Cardoso. Os cinco estão presos por ordem judicial.
A defesa da família Cardoso, no entanto, diz que não existia nenhuma prática de grupo religioso e que tudo não passava de discursos feitos enquanto os suspeitos estavam sob efeito da droga.
“Não existia esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual”, disse.
Mãe filmava uso de cetamina
Mãe costumava gravar vídeos da ex-sinhazinha e irmão sob efeito de cetamina em Manaus
Segundo a polícia, a mãe de Djida, Cleusimar Cardoso, tinha o costume de gravar a família sob efeito de cetamina e também registrava os momentos em que os filhos faziam as aplicações, utilizando seringas.
As imagens, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, foram incluídas pela polícia na investigação sobre o caso. Segundo a polícia, as gravações foram feitas na casa onde Djidja foi achada morta, na Zona Norte de Manaus. (veja no vídeo acima).
Causa da morte de Djida
Djidja, que por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins, foi encontrada morta no último dia 28. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração.
O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.
A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.
Prima diz que Djidja usava fralda e não conseguia mais se levantar
O ex-namorado de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, que tem a morte investigada por suspeita de overdose da droga em Manaus.
O personal trainer bruno roberto de lima, de 31 anos, prestou depoimento no 1° dip.// ele chegou acompanhado pelo advogado por volta das quatro horas da tarde.// nós temos as imagens da chegada dele, é o homem de blusa azul.//ele foi ouvido por mais de uma hora.//
segundo investigações da polícia, bruno também estava na casa de djidja, no dia em que ela foi encontrada morta.// e teria sido ele quem acionou a polícia para comunicar a morte da ex-namorada.///
a polícia quer saber ainda qual o envolvimento do personal training na seita que a família de djidja fazia parte, já que, assim como o irmão de djidja, bruno roberto chegou a fazer uma tatuagem baseada nos ensinamentos da seita, que forçava o uso de cetamina.//
de acordo com o que conseguimos apurar aqui, o depoimento foi longo e bruno contou que teria se afastado de djidja e da seita após ser advertido por um médico sobre os riscos do uso da cetamina.// ele inclusive teria apagado a tatuagem.//

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