2 de novembro de 2024

Ex-policial é declarado culpado nos EUA por morte de Breonna Taylor


Jovem foi morta em 2020, quando policiais invadiram sua casa no meio da noite, em uma investigação de tráfico de drogas contra seu namorado. Procuradores indiciaram o policial Brett Hankison não pela morte de Taylor, mas por ter “colocado em perigo” a vizinhança da jovem. Manifestantes mostram ilustrações de Breonna Taylor durante protesto contra o racismo em Frankfort, Kentucky, em junho
Timothy D. Easley/AP Photo/Arquivo
Um ex-policial foi considerado culpado na última sexta-feira (1º) pela Justiça Federal dos Estados Unidos por seu papel na morte da jovem negra Breonna Taylor, que se tornou ícone do movimento Black Lives Matter.
Um júri em Louisville, a maior cidade do estado de Kentucky, considerou Brett Hankison culpado por violar os direitos civis de Breonna Taylor. A sentença será pronunciada em março.
Sua absolvição pelos tribunais locais em 2022 — não pela morte, mas por crimes relacionados —, reacendeu um sentimento de injustiça nos círculos antirracistas e na comunidade negra da cidade.
Em março de 2020, três policiais de Louisville invadiram a casa de Taylor, de 26 anos, no meio da noite, em uma investigação de tráfico de drogas contra seu namorado.
Seu namorado pensou que se tratavam de três ladrões e atirou. A polícia reagiu e Breonna Taylor levou três tiros.
O Assassinato de Breonna Taylor
Sua morte não atraiu muita atenção até o assassinato de George Floyd, um homem negro sufocado por um policial branco em maio de 2020.
A jovem passou a ser lembrada em todas as manifestações antirracistas do verão nos Estados Unidos.
No entanto, os procuradores indiciaram o policial Brett Hankison, considerado culpado na sexta-feira, não pela morte de Taylor, mas por ter “colocado em perigo” a vizinhança da jovem.
Dois outros policiais foram indiciados mais tarde.
Em março de 2023, uma investigação federal concluiu que a polícia de Louisville utiliza com frequência sua força em excesso, além de outras práticas ilegais, discriminatórias e racistas.
O Departamento de Justiça condenou “práticas policiais agressivas e aplicadas seletivamente, especialmente contra pessoas negras”.

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