12 de outubro de 2024

Ex-prefeita de cidade no RS é condenada a mais de 11 anos de prisão por fraude na fila do SUS, diz MP

Maria de Lourdes Bauermann administrava a cidade de Ivoti e teve o mandato cassado em 2017. Uma correligionária e uma vereadora eleita também foram condenadas a 14 anos de reclusão cada uma “pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação”. Prefeita de Ivoti Maria de Lourdes Bauermann teve mandato cassado
Reprodução/RBS TV
A ex-prefeita de Ivoti Maria de Lourdes Bauermann foi condenada, nesta sexta-feira (11), a 11 anos e três meses de prisão por envolvimento em fraude no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
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A reportagem não localizou a defesa de Maria de Lourdes, mas mantém o espaço aberto para pronunciamento.
Uma correligionária e uma vereadora eleita de Taquara – na época funcionária municipal da área da Saúde – também foram condenadas a 14 anos e quatro meses de reclusão cada uma “pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação”, conforme o MPRS.
As penas serão cumpridas em regime fechado, com a adição de multas. As três mulheres foram investigadas na Operação F5, em 2016.
Segundo denúncias do MPRS, o esquema, entre abril de 2013 e novembro de 2015, envolvia agilizar atendimentos no SUS para garantir vantagem política nas eleições municipais daquele período.
Ainda de acordo com o ministério, Maria de Lourdes, com a colaboração de uma funcionária da área da Saúde em Taquara, inseria pacientes de Ivoti na fila de atendimento de Taquara, utilizando dados falsos no sistema de agendamentos.
Relembre o caso
Maria de Lourdes Bauermann teve o mandato cassado em 2017, após decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TER-RS).
Maria de Lourdes foi acusada de abuso de poder econômico e político.
À época, o então coordenador da Central de Regulação do SUS em Ivoti, Eduardo Soares de Lima, confirmou que de 35 casos, 20 casos eram de fraude.
Além disso, uma sindicância realizada pela Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre também confirmou fraude. A investigação confirmou que pacientes que esperavam meses por um exame eram passados para trás, e os beneficiados conseguiam atendimento em poucos dias.
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