O político e a esposa dele, Luciana Flores Peixoto, foram condenados na Justiça Federal pelo crime de lavagem de dinheiro. A defesa do ex-prefeito entrou com um pedido na Justiça para tentar que ele cumpra prisão domiciliar, ao invés de cumprir a pena na cadeia, mas um juiz ainda precisa avaliar a solicitação. Ex-prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto é preso por lavagem de dinheiro; entenda
O ex-prefeito de Taubaté, Roberto Pereira Peixoto, de 74 anos, foi preso na tarde deste sábado (31). Ele e a esposa, Luciana Flores Peixoto, de 71 anos, foram condenados na Justiça Federal pelo crime de lavagem de dinheiro. Somente Roberto foi preso.
A Rede Vanguarda apurou que Peixoto foi preso na própria casa, na Rua do Café, no bairro Chafariz, em Taubaté. Por causa da condição de saúde, ao invés de ser levado para a delegacia em uma viatura, ele foi transportado no carro da família, sendo escoltado por policiais. A informação sobre a prisão foi confirmada com exclusividade pelo repórter Rauston Naves, da TV Vanguarda.
Roberto e Luciana Peixoto foram condenados, com trânsito em julgado (quando a sentença se torna definitiva, sem possibilidade de recorrer), pelo crime de lavagem de dinheiro.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região condenou Roberto a dez anos e seis meses de prisão, no regime inicial fechado, e 33 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo. Ele passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Taubaté neste sábado (31) e segue detido na delegacia.
Já Luciana foi condenada a seis anos, oito meses e 30 dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, e 22 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo. Ela segue em liberdade.
Consta no processo que as condenações são por crimes de lavagem de dinheiro relativo a um apartamento de Ubatuba em abril de 2005, pelo crime de lavagem relativo a um imóvel da Rua Elis Regina datado em junho de 2007 e outro crime de lavagem referente a um sítio em agosto de 2007.
Roberto Pereira Peixoto é um engenheiro civil aposentado. Ele foi prefeito de Taubaté por dois mandatos seguidos, de 2005 a 2008 e de 2009 a 2013.
Essa é a segunda vez que o político é preso. A primeira vez foi no dia 21 de junho de 2011, quando ele e a esposa foram presos durante uma investigação sobre fraude em licitações.
A defesa do casal entrou com um pedido na Justiça para que Roberto cumpra a pena em prisão domiciliar, alegando que o ex-prefeito de Taubaté está debilitado após sofrer um AVC. Ainda segundo o advogado, Roberto é interditado e tem a esposa como tutora.
“A defesa entende que a prisão não há de ser mantida, uma vez que o prefeito está com uma anomalia que não está em condição de ficar encarcerado. Já pedimos o pleito no plantão judicial nesta data, para que o prefeito seja liberado em razão da sua condição de saúde que se encontra”, explicou o advogado Anthero Mendes Pereira Júnior.
“A ideia nossa é que ele seja imediatamente liberado, em razão de sua condição. Estamos aguardando um provimento do judiciário para que isso ocorra”, completou.
Até a última atualização desta reportagem, o novo pedido de prisão domiciliar feito pela defesa ainda não havia sido apreciado pela Justiça e Roberto seguia preso em Taubaté
Imagem de arquivo – Ex-prefeito Roberto Peixoto.
Suellen Fernandes/g1
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