Airton Luiz Montanher foi levado à delegacia por posse ilegal de arma de fogo. Investigação aponta que contratos suspeitos com empresários do setor de obras somam R$ 8,9 milhões; nove mandados de busca foram cumpridos nesta quarta-feira (3). O ex-prefeito de Ribeirão Corrente (SP) Airton Luiz Montanher
Prefeitura de Ribeirão Corrente
O ex-prefeito de Ribeirão Corrente (SP) Airton Luiz Montanher foi detido durante a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, deflagrada nesta quarta-feira (3), contra um esquema de corrupção envolvendo secretários municipais e empresários do setor de obras.
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Airton, que é o atual secretário de Administração da cidade e marido da prefeita, Aninha Montanher, foi levado à delegacia por posse ilegal de arma de fogo.
Em um escritório dele, os agentes encontraram um revólver calibre .38 e sete munições. O político chegou a ser autuado em flagrante, mas foi liberado após pagar fiança – o valor não foi divulgado.
Airton Montanher foi prefeito de Ribeirão Corrente por três mandatos: de 2001-2004; 2005-2008; e 2013-2016.
O g1 tenta localizar a defesa dele nesta quarta.
Investigação
O Gaeco e a Polícia Militar cumpriram nesta quarta-feira nove mandados de busca e apreensão contra o esquema de corrupção envolvendo secretários e empresários do setor de obras.
As diligências foram realizadas no âmbito da Operação Apáte, que apontou uma articulação para beneficiar empresas ligadas direta ou indiretamente a servidores públicos em contratos assinados pela administração municipal que somam R$ 8,9 milhões, bem como o rateio do dinheiro obtido ilegalmente entre os envolvidos, além da participação de “laranjas”.
A reportagem perguntou à Prefeitura de Ribeirão Corrente se ela sabia das fraudes, quem são os secretários investigados e se eles serão afastados.
Em nota, a administração municipal informou que, até a última atualização desta reportagem, não havia recebido notificação sobre o teor da investigação e os investigados. Disse, ainda, que “tão logo venha tomar conhecimento informará acerca das medidas administrativas a serem tomadas” e irá colaborar para a elucidação dos fatos.
Operação Apáte investiga esquema de corrupção em Ribeirão Corrente (SP)
Divulgação/ Gaeco
Apreensões e bloqueio de bens
Além dos mandados de busca, a Justiça autorizou o bloqueio de bens dos envolvidos – no valor correspondente aos contratos investigados – para garantir a reparação dos prejuízos aos cofres municipais.
O MP confirmou a apreensão de documentos e uma arma durante as diligências.
Os servidores e os empresários são investigados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de renda pública e fraudes licitatórias.
Os nomes dos secretários e das empresas envolvidas não foram divulgados pelo Gaeco.
Documentos e arma foram apreendidos durante a Operação Apáte, em Ribeirão Corrente (SP)
Divulgação/ Gaeco
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