19 de setembro de 2024

Ex-secretário da Habitação de Nunes participará de coordenação de campanha com movimentos por moradia na mira

João Farias, do Republicanos, deixou gestão no ano passado após conflito com presidente da Cohab e secretário de Governo; papel será de mobilização com comunidades e movimentos sociais. João Farias em entrevista ao Bom Dia SP
Reprodução/TV Globo
O ex-secretário de Habitação de São Paulo, João Farias, vai integrar a coordenação de campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. Farias deixou a pasta em maio do ano passado, após desentendimento com o presidente da Cohab, João Cury, e o secretário de Governo, Edson Aparecido.
“Isso é fato, mas eu não tive qualquer problema com o Ricardo, que é o candidato a prefeito. E eu não faço política olhando para o retrovisor. Não tenho nenhum problema com o João Cury e o Edson Aparecido, nós tivemos divergências do ponto de vista administrativo. Mas em nenhum momento eu deixei de apoiar o governo do Ricardo”, afirma o ex-secretário, que é filiado ao Republicanos.
A participação de Farias na campanha terá um papel chave justamente na área pela qual se notabilizou o principal candidato da oposição, Guilherme Boulos (PSOL), a moradia. Hoje deputado federal, Boulos foi coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
Quando secretário da Habitação, Farias foi responsável pelo programa habitacional da Prefeitura de São Paulo, o Pode Entrar, e teve interlocução direta com os movimentos por moradia. “Não tenho dúvida de qual o meu papel na campanha eleitoral de São Paulo neste ano e qual o tamanho da minha responsabilidade tendo em vista a interação que tenho com as comunidades da cidade de São Paulo e com os movimentos organizados de luta por moradia.”
Apesar de o convite ter partido do prefeito, a ida de Farias para a campanha de Nunes foi articulada em nível nacional pelos presidentes nacionais dos partidos de ambos, os deputados federais Baleia Rossi (MDB) e Marcos Pereira (Republicanos) —a quem Farias chama de sua “principal referência política”.

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