Entenda os riscos de uma gravidez tardia e os cuidados necessários ao optar por ter filhos mais tarde. Se antigamente as mulheres costumavam engravidar aos 20 anos, nas últimas décadas se tornou mais frequente a decisão de ter filhos mais tarde. Além dos métodos contraceptivos terem evoluído ao longo do tempo para se tornarem cada vez mais seguros e eficientes, muitas mulheres optam por priorizar os estudos ou a carreira e buscar a estabilidade financeira antes de decidirem aumentar a família.
Ao optarem por adiar a gestação, as mulheres podem ficar na dúvida se de fato existe uma idade limite para engravidar. De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba e especialista em ginecologia e obstetrícia, André de Paula Branco, não há uma regra absoluta sobre esse assunto, mas existem algumas referências.
“A mulher tem a sua capacidade reprodutiva vinculada à idade gestacional e a partir dos 35 anos essa capacidade reprodutiva vai diminuindo, tanto pela diminuição da quantidade de óvulos em seus ovários quanto pela diminuição da qualidade dos óvulos remanescentes. Se ela posterga muito o plano de ter uma gravidez pode chegar o momento em que ela tente engravidar e não consiga. Mas essa é apenas uma média, existem mulheres que se mantêm férteis até os 40 anos, e outras que aos 30 já perdem a capacidade de engravidar”, explica o especialista.
É arriscado engravidar mais tarde?
O especialista afirma que a partir dos 35 anos uma gravidez já é considerada tardia, mas isso não significa que a mulher que tenha essa idade ou já tenha passado dessa faixa etária não possa ter uma gestação saudável. No entanto, os riscos gestacionais aumentam com o passar dos anos.
“O primeiro risco de imediato são as alterações sindrômicas, com o aumento das chances de o bebê nascer com Síndrome de Down, por exemplo. Também há maior risco de abortamento, falhas de fecundação, falhas da implantação do embrião no útero e alterações genéticas dos embriões”, explica.
Além dos riscos para o bebê, a mulher que engravida tardiamente também tem mais chances de desenvolver patologias como a pré-eclâmpsia, que é a pressão arterial elevada durante a gravidez, e a diabetes gestacional.
Os cuidados necessários para garantir que a gravidez tardia seja saudável
As mulheres que optam por engravidar após os 35 anos precisam adotar alguns cuidados para que tenham uma gestação saudável.
O primeiro deles é consultar um médico especialista para avaliar o estado geral de saúde e verificar a existência de condições que possam interferir na gravidez, como hipertensão, obesidade e outras doenças crônicas.
De acordo com o gineco-obstetra cooperado da Unimed Curitiba, as mulheres com mais de 35 anos geralmente são consideradas gestantes de alto risco e podem precisar de um acompanhamento de pré-natal feito por profissionais com experiência em gestações desse tipo, além de consultas mais frequentes com o obstetra.
O médico também pode recomendar a ingestão de ácido fólico e de outras vitaminas específicas alguns meses antes da concepção. Além disso, a mulher deve adotar uma alimentação saudável e controlar o peso corporal para evitar complicações.
Por fim, é importante que a família seja orientada pelo obstetra sobre os riscos associados a uma gravidez tardia para que possa avaliá-los precocemente.
“Não desaconselhamos a gravidez com mais idade. É possível ter uma gestação saudável e sem nenhuma intercorrência após os 35 anos. A medicina está sempre evoluindo, vivemos uma realidade que oferece condições para que as mulheres tenham gestações saudáveis em diferentes faixas etárias”, finaliza o médico da Unimed Curitiba.
Seja qual for o momento escolhido por você para se tornar mãe, saiba que no Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima da Unimed Curitiba você encontra toda a estrutura e o cuidado necessários para desfrutar de uma gestação saudável e segura. Agende uma consulta em nosso Centro de Especialidades e faça uma avaliação de seu estado de saúde. Além disso, a Unimed Curitiba oferece uma série de programas na linha de cuidados materno que podem auxiliar as gestantes.
Médica responsável: Márcia Cristina Mantovani – CRM-PR 14160 | RQE 6420 | ginecologia e obstetrícia