19 de janeiro de 2025

Fã de Madonna vai comemorar aniversário em show no Rio; veja histórias de cearenses que vão viajar para ver a rainha do pop

No dia 4 de maio (sábado), Madonna fará o último show da sua turnê “The Celebration”. A apresentação é gratuita e acontecerá na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro. LEIA TA
Cearenses viajam para show de Madonna no Rio. Na sequência estão: Gabriel, Leonardo e Arago.
Arquivo pessoal
“À flor da pele”: é assim que o cearense Gabriel Monteiro resume a espera pelo show de Madonna. No dia 4 de maio (sábado), ela fará o último show da sua turnê “The Celebration”. A apresentação é gratuita e acontecerá na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.
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O fã faz aniversário no mesmo dia em que a rainha do pop canta no Brasil. E se engana quem pensa que o amor de Gabe – como gosta de ser chamado – encerra nas músicas: a Madonna ainda foi tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na faculdade de publicidade e também da sua dissertação no mestrado em comunicação, em Pernambuco.
Ele resolveu arriscar: como havia visto que um portal vazou a vinda da artista para o Brasil, foi logo procurar passagens, hospedagens. Quando foi feito o anúncio oficial, Gabe já estava organizado. Ele vai com outros três amigos – todos cearenses.
“Assim que foi anunciado, já saí comprando. Estamos todos animados, porque além do show é meu aniversário. Vamos em quatro pessoas. Estamos animados para o show, claro, mas também para a gente se ver, porque é raro nos vermos hoje em dia. Já tem grupo no Whatsapp, sacola térmica, feirinha, bolo para os parabéns, celular do ladrão”, brincou Gabe.
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Cearenses viajam para assistir show de Madonna no Rio. Confira as histórias.
Gabriel passou a ser fã da Madonna há cerca de dez anos. Quando criança teve o primeiro contato, que foi crescendo durante a faculdade. Ele e outros amigos compartilhavam a mesma paixão pela estrela. Para além da sonoridade, Madonna encanta pela história de vida, posicionamentos, força, coragem e liberdade – segundo ele, que resume sem rodeios: ‘É um impacto da diva sobre um gay’.
“A música sempre foi a minha linguagem principal, então o que eu faço é materializar, e a Madonna é uma figura central nisso. Lembro de ver pela primeira vez em 2005 ou 2006, aos oito anos, os clipes de Hung Up e Sorry e fiquei fascinado pela figura daquela mulher”, contou ao g1.
O impacto foi tanto que Madonna tornou-se pesquisa para Gabe na faculdade e pós-graduação. Em ambos, ele pesquisou a relação da identidade gay com a música pop. Ela também virou tatuagem, estampas de camisas e está no set de festas que Gabe e o amigo Leonardo Alves, com quem vai para o show, organizam.
Hoje, eles moram em Recife, mas sempre que pode, Gabe viaja a Fortaleza para reencontrar amigos, família e seguir com sua pesquisa atual do doutorado.
“Quando eu tinha 17 anos, estava em uma crise identitária: uma explosão entre o que eu queria botar para fora, o que eu sentia que estava dentro, e aquilo que eu estava externalizando, que para mim era disfórico. Era adolescente e estava tentando entender o que eu era, e aí vai para sexualidade, gênero, identidade no geral. Estava tentando entender o que eu era no mundo e Madonna me ajudou muito nisso”.
Gabe mostra a tatuagem que fez em homenagem à Madonna.
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Leonardo Alves compartilha de um amor parecido. Ele conhece Madonna desde criança, mas confessa que se aprofundou no trabalho da artista com a influência de Gabe. Leonardo é de Iguatu, interior do Ceará, e em 2016 foi para Recife estudar Teatro. Formado em Psicologia, com o tempo começou a dar vazão a um sonho antigo: se dedicar à música.
Hoje é DJ e comanda festas temáticas de divas da música POP, chamada Revival. As músicas de Madonna sempre tocam nestas festas, mas nesta sexta-feira (03), por exemplo, o evento terá como tema outra diva, a Beyoncé. A Revival, atualmente, é o principal trabalho de Leo. O evento tem se tornado mensal e cada vez mais esperado nas noites de Recife.
E vai ser uma verdadeira turnê para os amigos também, que sairão para o aeroporto após a festa e irão chegar no Rio pela manhã:
“A Madonna sempre me liga a pessoas. Sempre foram pessoas importantes ao longo da minha vida que foram trazendo (a artista). Acho que tem muito essa relação da amizade com a música, principalmente com a música da Madonna”.
A festa Revival é o principal trabalho de Leonardo hoje.
Arquivo pessoal
Leonardo está ansioso para ouvir os clássicos da diva entoados na Praia de Copacabana, mas torce para sua preferida entrar no repertório: Ray of Light.
“She’s got herself a universe (Ela conquistou um universo)”, canta Madonna na música. E é mais ou menos isso que Leonardo sente em relação à música da artista: a possibilidade de ser livre.
“Madonna abriu muitas portas para as mulheres, esse ponto é indiscutível. Em relação à bandeira LGBTQIA+, ela sempre foi defensora, desde a década de 80, quando estava lutando ativamente, principalmente quando o HIV era uma questão muito polêmica, o estereótipo era uma coisa muito maior. Ela dava a cara, ela defendia. Isso faz com que muitos de nós estejamos vivos hoje. Ela tem um poder impressionante. A carreira dela sempre foi muito maior do que fazer música. Ela é uma ativista”, comentou ao g1.
Leonardo compartilha algumas das artes produzidas para a festa. Em maio, acontece uma edição da Revival em João Pessoa.
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Sonho realizado 12 anos depois
Cearenses viajam para assistir show de Madonna no Rio. Confira as histórias!
Também do interior do Ceará, da cidade de Ipu (localizada a cerca de 295 quilômetros de Fortaleza), o fã Arago Santiago se prepara para chegar ao Rio. Ele começou a acompanhar Madonna em 2007, quando assistiu ao documentário I’m Going to Tell You a Secret.
“Apesar de já conhecer. Ela é uma dessas figuras que a gente tem a impressão de que nasce sabendo quem é, eu não conhecia a visão artística dela, as ideias que ela defendia. Uma coisa que me chamou atenção no documentário foi que ela tinha coragem de abordar assuntos polêmicos, como religião, sexualidade e política. Imaginava como ela era corajosa por falar desses tópicos mesmo sabendo que ia desagradar pessoas”, disse em entrevista ao g1.
Como professor de inglês, Arago disse que Madonna foi uma motivação importante na sua profissão, tanto para aprender quanto para ensinar. Ele quase já foi em um show da Madonna em 2012, quando ela veio pela “The MDNA Tour”.
O cearense guarda livros, álbuns e outros materiais que envolvem a diva.
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O professor comprou o ingresso, mas a logística da viagem não deu certo. Assistir a “The Celebration” neste sábado (04) tem um gosto especial, mesmo 12 anos depois:
“As expectativas são as maiores. O show tem a expectativa de ser o maior show já feito por um artista na história da música, então isso já é um marco. É um show que celebra os 40 anos de carreira dela. É especial para ela e para os fãs. É complicado fazer um setlist perfeito para o show da Madonna, porque são muitos clássicos, mas uma que não pode faltar é Like a Prayer: é uma música que captura bastante a essência da Madonna, uma mistura de sagrado e profano”, encerrou Arago.
O cearense finalmente vai assistir um show de Madonna neste sábado (04).
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