29 de setembro de 2024

Falso guia espiritual é preso suspeito de usar escritório de advocacia como laboratório de cogumelos alucinógenos proibidos no Brasil

Conforme Polícia Civil, suspeito também produzia chocolates e cápsulas substância presente em cogumelos de espécie proibida. Homem faturava cerca de R$ 50 mil por mês, conforme delegado. Falso guia espiritual é preso suspeito de usar escritório de advocacia como laboratório de cogumelos alucinógenos, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
Um homem foi preso em flagrante na manhã de quinta-feira (26), suspeito de vender cogumelos alucinógenos, em Goiânia. Segundo o delegado Francisco Costa, o suspeito usava uma sala alugada no escritório do pai, que é advogado, para armazenar e manipular os produtos.
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O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização da reportagem.
A prisão aconteceu durante a operação “Toad”, que investigava o caso há cerca de seis meses. Conforme a Polícia Civil, o suspeito também produzia chocolates e cápsulas com psilocibina, substância alucinógena presente nos cogumelos da espécie psilocybe cubensis, proibida no Brasil.
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De acordo com a polícia, o homem se autodenominava guia espiritual e utilizava os cogumelos em tratamentos alternativos para depressão e ansiedade, além de realizar cerimônias religiosas. Segundo as investigações, ele faturava cerca de R$ 50 mil por mês com a venda das substâncias, que eram enviadas pelos Correios para várias regiões do país. Cada atendimento espiritual custava R$ 2,5 mil.
O suspeito foi autuado por tráfico de drogas. Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele. No escritório de advocacia do pai, segundo a Polícia Civil, foi encontrada grande quantidade de cogumelos in natura e moídos, além dos chocolates e cápsulas com a substância proibida.
O delegado afirmou que não há indícios de que o pai sabia sobre a comercialização das substâncias, e por isso, ele foi liberado. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás afirmou que acompanhou a operação realizada pela Polícia Civil no escritório de advocacia e que ressaltou que o alvo da investigação não era o advogado – leia nota na íntegra abaixo.
Nota da OAB:
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio da Comissão de Direitos e Prerrogativas, informa que acompanhou a operação “Toad”, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), em razão de ter sido realizada em um escritório de advocacia. A Seccional ressalta que o alvo da investigação não era o advogado, que foi liberado após prestar os devidos esclarecimentos.
A OAB-GO apura toda e qualquer infração que chegue ao seu conhecimento, seja por meio de representação ou pela divulgação de fatos em canais de comunicação. Além disso, a Seccional acompanha todas as situações que envolvem advogados(as) e/ou escritórios de advocacia para garantir as prerrogativas profissionais, adotando todas as providências cabíveis em caso de eventuais infrações ético-disciplinares por parte de seus inscritos, resguardando o sigilo dos procedimentos.
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