24 de setembro de 2024

Falso médico é preso após fazer plantão em hospital e tentar atender em UPA de SC, diz polícia

Natural de Balneário Camboriú, suspeito usava registro profissional e nome de médico de SP. Falso médico é preso após fazer plantão em hospital e tentar atender em UPA de SC, diz Polícia Civil
Polícia Civil/Divulgação
Um homem de 26 anos foi preso após se passar por médico e chegar a fazer um plantão no Hospital Seara do Bem em Lages, na Serra de Santa Catarina. Para o atendimento, o suspeito usou o registro profissional e o nome de um médico de São Paulo.
A prisão, segundo a Polícia Civil, ocorreu na segunda-feira (23), quando o falso médico tentou atender em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
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O suspeito já tinha, em seu nome, dezenas de ocorrências envolvendo crimes, especialmente estelionatos, segundo a Delegacia de Investigação Criminal.
Entenda
O homem foi descoberto, na segunda, ao ir até a UPA de Lages e tentar se cadastrar para realizar um plantão no local. O diretor do local, Fernando Aguiar, chamou o homem para conversar após uma desconfiança e acionou a Polícia Civil, que confirmou a ilegalidade dos documentos.
Segundo Aguiar, já havia informações sobre um incidente envolvendo o homem no Hospital Seara do Bem um dia antes, na segunda-feira (22). Procurada, a unidade de saúde confirmou o caso e disse que ele atuou em um plantão como terceiro médico, “sob supervisão da médica responsável pelo plantão, realizando poucos atendimentos”.
“O plantão atípico em questão, de caráter único, teve como objetivo a avaliação técnica do CRM apresentado, uma vez que o indivíduo não possuía cadastro no hospital nem acesso ao sistema”, disse.
A unidade de saúde foi questionada sobre como foi a contratação, por quanto tempo o suspeito atuou no local e quantos pacientes atendeu.
Em nota, o hospital disse apenas que “está em contato com todos os pacientes atendidos entre 17h e 23h do último domingo para monitoramento e, se necessário, novo atendimento” (íntegra da nota mais abaixo).
A prefeitura de Lages também foi procurada e informou que a Unidade de Pronto Atendimento é gerida por uma empresa terceirizada. Afirmou que graças a “ação rápida e eficaz da administração da UPA, ele não teve a oportunidade de entrar em contato com os pacientes”.
De acordo com a Polícia Civil, o homem é natural de Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Ele responde pela prática dos crimes de exercício ilegal da medicina e estelionato.
O que disse o hospital
“O Hospital Seara do Bem, com 56 anos de serviços prestados à sociedade catarinense e mais de 315 colaboradores, realiza uma média de 3.500 atendimentos por mês.
O incidente isolado, ocorrido no último domingo, 22 de setembro, envolvendo um estelionatário que se passou por médico, não reflete o histórico da instituição.
O plantão atípico em questão, de caráter único, teve como objetivo a avaliação técnica do CRM apresentado, uma vez que o indivíduo não possuía cadastro no hospital nem acesso ao sistema.
Durante o período, ele atuou como terceiro médico, sob supervisão da médica responsável pelo plantão, realizando poucos atendimentos.
O Hospital Seara do Bem está entrando em contato com todos os pacientes atendidos entre 17h e 23h do último domingo para monitoramento e, se necessário, novo atendimento.
A diretoria do Hospital Seara do Bem lamenta profundamente o ocorrido e reforça seu compromisso com a saúde da comunidade.
A instituição está revisando e aprimorando seus critérios de contratação para garantir a segurança e o bem-estar de todos os pacientes.
Transparência e segurança são pilares do nosso compromisso com a comunidade”.
O que disse a prefeitura de Lages
Um homem que se passava por médico dirigiu-se à UPA em busca de emprego. O diretor, ciente do incidente ocorrido no hospital infantil, imediatamente o convocou para uma conversa e acionou a Polícia Civil. O homem tentou se cadastrar para um plantão, mas graças à ação rápida e eficaz da administração da UPA, ele não teve a oportunidade de entrar em contato com os pacientes. Os documentos falsos foram identificados pela polícia, e o suspeito foi conduzido à delegacia para que os procedimentos legais fossem seguidos.
A UPA de Lages possui um rigoroso processo de segurança e um fluxo confiável para a contratação de profissionais, que minimiza a possibilidade de situações como essa. O cadastro de novos funcionários inclui a verificação junto a órgãos públicos e o uso de biometria para controlar o acesso de pessoas não autorizadas. A Prefeitura de Lages reafirma que a UPA agiu de maneira rápida e eficaz, evitando qualquer interação entre o homem e os pacientes da unidade.
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