21 de setembro de 2024

Falso químico suspeito de fabricar anabolizantes clandestinos é preso pela Polícia Civil de MG no Rio

Homem estava foragido e foi encontrado em uma mansão de luxo, na Zona Oeste da capital fluminense, onde funcionava um laboratório para a produção ilegal de hormônios sintéticos. Homem é suspeito de fabricar e distribuir anabolizantes ilegais para várias cidades do Brasil
Divulgação/PCMG
Um falso químico foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na madrugada da última quarta-feira (3), em um condomínio da Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). Segundo as investigações, Alessandro de Rezende Guimarães, de 41 anos, é suspeito de fabricar e distribuir anabolizantes ilegais para várias cidades do Brasil.
De acordo com a instituição, ele foi encontrado em uma mansão, no bairro Taquara, onde funcionava um laboratório para a produção clandestina de hormônios sintéticos (entenda mais abaixo). Durante a ação, foram apreendidos diversos frascos, ampolas, matérias-primas, uma arma e dois carros de luxo.
Suspeito foi encontrado em uma mansão de luxo, onde funcionava um laboratório clandestino
Divulgação/PCMG
Conforme o delegado Rodolpho Machado, chefe da Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico da PCMG, o homem, natural de Belo Horizonte, foi condenado pela Justiça em Araxá, no Triângulo Mineiro, por tráfico de drogas. Desde então, ele estava foragido.
“Ele já havia sido condenado por envolvimento no narcotráfico e possui diversas passagens policiais por venda de anabolizantes de forma irregular”, afirmou Machado.
O delegado responsável pelas apurações, Davi Moraes Pinto, explicou que o investigado fugiu para a capital fluminense e retomou as atividades criminosas, expandindo a distribuição dos produtos para outras regiões do país. Após sucessivos levantamentos, a PCMG localizou o suspeito e requisitou à Justiça os mandados de busca e apreensão.
“A investigação demonstrou que ele obtinha a matéria-prima para preparo da droga do Paraguai, onde estava estabelecendo contatos para futuras distribuições também”, revela Moraes. “Armas apreendidas durante a ação, inclusive, foram adquiridas no Paraguai e outras vinham da China”, completou Moraes Pinto.
Produtos ilegais eram distribuídos para várias regiões do país
Divulgação/PCMG
A operação teve apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), e as investigações continuam. O suspeito foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e pelo crime de “falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais”, com penas equivalentes ao tráfico de drogas.
Ele foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da Justiça.
Fábrica clandestina
Laboratório clandestino para a produção de anabolizantes foi montado em mansão de luxo
Reprodução/MG2
O inquérito revelou que Alessandro de Rezende Guimarães passou a trabalhar para uma organização criminosa como químico, sem qualquer formação na área, autorização ou licença de órgãos responsáveis de controle sanitário e comercialização. Segundo a PCMG, ele adquiria matérias-primas de procedência duvidosa, induzindo clientes ao erro e colocando consumidores em risco.
“Ele pegava materiais de empresas legalizadas, legítimas, e materiais sem procedência, sem origem da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele fazia manipulação, havia óleos vegetais, outros fluidos, que serão determinados pela perícia. Balanças de precisão, específicas para bioquímicos… Os tubos de ensaios próprios da química. Tudo estava na casa dele”, disse o delegado Davi Moraes Pinto.
Apesar de serem utilizados para o tratamento de algumas doenças hormonais, os anabolizantes também prometem o aumento de músculos e força física. No entanto, por conta dos riscos associados ao uso do medicamento, a prescrição para fins estéticos ou melhora do rendimento esportivo é proibida no Brasil.
“Trata-se de um produto controlado, que tem que ter um acompanhamento médico severo, por causa do controle hormonal disso tudo, mas quando ele compra de um terceiro, ou em um preço abaixo, ou de uma pessoa que ele conheceu na academia, o risco aumenta demasiadamente”, destacou o delegado.
No laboratório clandestino, os policiais também encontraram materiais para a produção de outros remédios de uso controlado.
“Havia também remédios para emagrecimento, remédios tarja preta, controle de depressão… Estava expandindo”, concluiu.
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