1 de outubro de 2024

Família de criança agredida em berçário no Recife acusa colégio de omissão

Segundo parentes da vítima, duas crianças foram deixadas sozinhas e sem monitoramento pelos funcionários da instituição. Polícia investiga o caso como lesão corporal. Fachada do berçário do CFC Baby, no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife
Reprodução/Google Street View
A família da criança de 1 ano e 2 meses que foi agredida dentro de um berçário no Recife acusou de omissão o CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer. Segundo familiares da vítima, a menina foi arranhada e mordida por outra criança, de 2 anos, enquanto as duas estavam sozinhas e sem supervisão da instituição. O caso é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.
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As informações foram repassadas por meio de um pronunciamento divulgado nesta segunda-feira (30), em que a família da vítima afirma que vai usar “todos os expedientes jurídicos para responsabilizar a escola”. Ainda de acordo com a nota, as agressões aconteceram na quarta-feira (25), enquanto as crianças estavam juntas para o período chamado “soninho da manhã”.
No texto, a família da criança também disse que:
não havia nenhum funcionário fazendo o monitoramento presencial da sala;
a babá eletrônica usada pelo CFC Baby não estava funcionado, pois uma funcionária esqueceu de ligar o aparelho ao deixar as crianças sozinhas;
após as agressões, o CFC Baby demorou para avisar à mãe da bebê sobre o ocorrido.
“Fotos feitas após as agressões e um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) mostram que a criança sofreu múltiplas lesões que, por pouco, não resultaram em consequências físicas mais graves, mas que podem implicar traumas psicológicos severos”, disse a família da criança agredida, na nota.
O caso é investigado pela Polícia Civil após ter sido registrado na Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente. “As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso”, informou a corporação em nota enviada na sexta-feira (27).
O que diz o colégio
Nesta segunda-feira ( 0), o g1 voltou a procurar a assessoria do CFC Baby para saber se a instituição vai se manifestar sobre o que disse a família da criança agredida, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Em nota sobre o caso, enviada na sexta-feira (27), o CFC Baby afirmou que:
Lamenta profundamente o ocorrido, está dando apoio às famílias e prestando os devidos esclarecimentos;
Não se pronunciou sobre o caso logo após o ocorrido para “proteger a imagem, presente e futura das crianças”;
A equipe agiu para remediar a situação, realizar os devidos cuidados e chamar a mãe;
Reavaliou as práticas do berçário, rotinas e protocolos para “elevar ainda mais os níveis de monitoramento e segurança das crianças”;
“A preocupação da CFC Baby é que a criança atingida possa se recuperar integralmente o mais breve possível e que também não haja quaisquer juízos prévios de censura à outra criança”;
“Neste momento, assim como o fizemos desde o início, emprestamos nossa consternação, solidariedade e apoio, seja para ajudar na recuperação da criança, seja para dirimir quaisquer dúvidas relacionadas ao incidente”.
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