O PM do Maranhão, Raimundo Linhares, é suspeito de ter atirado. Ele se apresentou à polícia e disse que disparou em legítima defesa. O DHPP fará a reconstituição do caso. Família de PM baleado em Teresina fala pela 1ª vez; policial está na UTI do HUT
A família do Polícia Militar do Piauí (PM-PI), sargento João de Deus, de 67 anos, baleado na cabeça na última terça-feira (5), falou pela primeira vez sobre o caso em entrevista à TV Clube no sábado (9). Segundo o filho do sargento, o estado de saúde do policial é grave e os familiares querem respostas sobre o crime.
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O sargento João de Deus foi baleado na cabeça na tarde de 5 de novembro no bairro Parque Sul, na Zona Sul de Teresina, na porta de sua casa. O policial militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, se apresentou à polícia dias depois e disse que disparou em legítima defesa.
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Segundo o filho do sargento João de Deus, Renato Teixeira, a briga entre os dois começou porque o cabo estacionou o carro de uma forma que impedia o acesso do sargento ao portão de casa.
Família do sargento da PM baleado na porta de casa em Teresina fala pela 1ª vez; estado de saúde é grave
TV Clube
“O pai que pediu que o homem tirasse o carro do local que estava atrapalhando a entrada dele em casa, com o carro dele [sargento de Deus]. Foi feita a perícia na casa dos meus pais e a gente espera que, no decorrer das investigações, que possa esclarecer tudo, os fatos”, disse Renato Teixeira, filho de João de Deus.
Conforme os familiares, o sargento de Deus está há quatro dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). “A gente está lutando né, para ele reagir. Ele está na UTI e para a família, pra gente, não tá nada fácil, mas para Deus, nada é impossível”, comentou Maria Helena, nora de João de Deus.
Briga de trânsito
Sargento da PM-PI é baleado na cabeça durante briga com vizinho na Zona Sul de Teresina
Laísa Mendes
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) fará a reconstituição da discussão em que o sargento da Polícia Militar do Piauí, João de Deus, de 67 anos, foi baleado. O policial militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, suspeito de atirar, se apresentou à polícia.
Segundo o delegado Francisco Costa, o Baretta, o PM alegou durante depoimento que atirou no sargento para se defender. O homem afirmou ainda não conhecer o sargento.
“Ele afirma que estacionou o veículo e, quando saiu para pegá-lo, viu que o sargento havia batido no carro dele por trás e deixado lá. Segundo ele, eles começaram uma discussão, o sargento puxou a arma e nesse momento ele [Raimundo] correu para atrás do carro, mas o sargento continuou a atirar. Aí ele efetuou o disparo de arma de fogo também. Ele alegou que atirou para não morrer”, destacou o delegado.
Ainda conforme o delegado Baretta, agora a equipe vai ouvir testemunhas que estavam no local e realizar a reconstituição do crime.
“Os policiais também estão elaborando relatórios de tudo que foi apurado no local para que o delegado possa analisar e verificar se cabe uma medida cautelar mais severa, como a prisão preventiva, ou se conclui o inquérito e encaminha para o Ministério Público. A reconstituição, segundo o delegado Danúbio Dias, será necessária, para que possamos ter consciência do que realmente aconteceu”, detalhou o delegado.
Baretta declarou ainda que a restituição deve ser feita em breve, sem a necessidade da recuperação total do sargento.
As armas dos dois policiais foram apreendidas. O carro do PM suspeito de atirar no sargento piauiense também se encontra na sede do DHPP, com pelo menos oito perfurações.
O caso, até o momento, está sendo investigado como tentativa de homicídio.
O caso
Policial baleado: João de Deus, de 67 anos, foi atingido na porta de casa
O sargento da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), João de Deus, de 67 anos, foi baleado na cabeça na terça-feira (5) no bairro Parque Sul, na Zona Sul de Teresina.
Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Conforme o major Fernandes, o estado de saúde do sargento é grave.
A esposa do sargento, Maria das Graças, disse que o marido estava na frente de casa quando ouviu os tiros. Ela contou que não ouviu vozes de pessoas, apenas os tiros.
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