Renata Isabelli Fernandes Silveira morreu na BR-116 com os pais, a irmã e o cunhado. Um ano e três meses antes, Vanessa Kubaski Maciel faleceu na BR-376 com o filho de sete anos, e foi homenageada nomeando o CMEI onde Renata trabalhava. Renata Isabelli Fernandes Silveira e Vanessa Kubaski Maciel eram professoras e morreram em engavetamentos
Cedidas pela família
Uma das seis vítimas do engavetamento que vitimou uma família e um caminhoneiro na sexta-feira (30) no Paraná era professora e trabalhava em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) que leva o nome de outra docente que também morreu ao ter o carro prensado por dois caminhões em uma rodovia federal do estado, um ano e quatro meses antes.
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Renata Isabelli Fernandes Silveira faleceu no dia 30 de agosto de 2024 após o carro em que ela estava com os pais, a irmã, o cunhado e o cachorro da família ser esmagado por dois caminhões na BR-116. Ela morava em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, tinha 36 anos e era professora no CMEI Vanessa Kubaski Maciel.
Vanessa morreu no dia 6 de abril de 2023, quando o carro em que ela estava com o filho de 7 anos se envolveu em um engavetamento entre 19 veículos na BR-376. Ela tinha 37 anos, também era professora e morava em Ponta Grossa, e foi homenageada em maio de 2024, quando um novo CMEI no bairro Contorno foi inaugurado com o nome dela.
Professora Vanessa Kubaski Maciel foi homenageada nomeando CMEI em Ponta Grossa
Prefeitura Municipal/Divulgação
No caso de Vanessa e do filho, o laudo pericial do acidente foi finalizado três meses após a fatalidade e indicou que o caminhão que atingiu o veículo das vítimas estava com problemas de manutenção. No documento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também citou que o motorista teve uma “reação ineficaz”.
“O sistema de freios parcialmente inoperante do caminhão, o mau estado de conservação dos pneus e a chuva que molhava a pista foram fatores que contribuíram para a ocorrência do acidente. Concluiu-se que o fator determinante do acidente foi a reação ineficaz do condutor do caminhão, que não foi capaz de parar o veículo”, diz o laudo.
RELEMBRE DETALHES: Laudo da PRF indica que caminhão que matou professora e filho na BR-376 estava sem manutenção
O caso da família da Renata está sendo investigado e a Polícia Civil afirma que o trata como homicídio doloso – quando há a intenção de matar. O caminhoneiro que não conseguiu frear também morreu no acidente, e a carreta dele foi apreendida para passar por perícia. O inquérito analisará fatores como visibilidade no trânsito, condições de sinalização, freios da carreta e condições do motorista e da própria via.
“A intenção nossa é determinar se houve alguma falha por parte do motorista ou se os elementos do trânsito falharam neste momento, pode ser que a visibilidade estivesse comprometida ou que a via tivesse imprópria para trafegabilidade. Pode ser que o veículo estava em péssimas condições de frenagem, de iluminação ou até mesmo que o motorista tivesse estado de embriaguez”, explica o delegado Fábio Machado.
SAIBA MAIS: Polícia trata engavetamento que matou seis pessoas no Paraná como homicídio doloso; carreta é apreendida
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Engavetamento matou cinco pessoas da mesma família e um caminhoneiro
Engavetamento mata ao menos 5 pessoas e um cachorro em São José dos Pinhais
O engavetamento que aconteceu na noite de sexta-feira (30) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, vitimou cinco pessoas da mesma família e um caminhoneiro.
De acordo com a PRF, o trânsito estava lento no trecho e a carreta bitrem não conseguiu frear, batendo no carro da família, que foi prensado contra outra carreta à frente. Os cinco e o cachorro da família morreram no local. O motorista da carreta que não conseguiu frear também faleceu na hora, enquanto o outro saiu ileso.
Veja quem era cada uma das vítimas do engavetamento:
Renata Isabelli Fernandes Silveira, 36 anos, professora da Educação Infantil no CMEI Vanessa Kubaski Maciel;
Rafaela Fernandes da Silveira, 32 anos, irmã de Renata e professora do Ensino Fundamental na Escola Municipal Raul Pinheiro Machado;
Diego Rattes Guimarães, 33 anos, noivo de Rafaela e servidor administrativo na Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
Celso Miguel da Silveira, 67 anos, motorista do carro e pai de Renata e Rafaela;
Helena Fernandes da Silveira, 61 anos, mãe de Renata e Rafaela, esposa de Celso;
Edson Luís dos Santos, 49 anos, caminhoneiro e morador de Guarapuava.
Todos foram velados e sepultados no domingo (1). Saiba mais sobre as vítimas:
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Reprodução/RPC
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