21 de setembro de 2024

Familiares de investigados por apoiar fuga de soldado no presídio do Batalhão da PM são presos em operação policial

Conforme as investigações, fuga de Diego Kollucha teria sido planejada e contou com auxílio direto dos suspeitos, entre eles um policial militar. Dupla foi autuada por porte ilegal de armas. PM suspeito de matar gerente de mercado no recôncavo da Bahia foge do batalhão da corporação
Reprodução/Redes Sociais
Dois familiares dos investigados por apoiar a fuga do soldado Diego Kollucha Santos Vasconcelos, do presídio do Batalhão da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foram presos nesta quinta-feira (4). Eles foram autuados por porte ilegal de armas.
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Diego Kollucha Santos Vasconcelos fugiu do Batalhão da Polícia Militar no dia 27 de março e foi encontrado dois dias depois, em Feira de Santana. Ele é suspeito de matar a gerente de mercado Juliana de Jesus Ribeiro, no recôncavo baiano, em maio do ano passado.
As prisões desta quinta aconteceram durante uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), que cumpriu seis mandados de busca e apreensão contra o cinco suspeitos de envolvimento na fuga.
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Conforme as investigações, a fuga de Diego Kollucha teria sido planejada e tido o auxílio direto dos suspeitos, entre eles um policial militar. De acordo com o MP-BA, o cumprimento dos mandados tem o objetivo de obter mais elementos probatórios da efetiva participação dos alvos.
Foram apreendidos talões de cheque, munição, armas, documentos, celulares, chips e cartões de memória. Os mandados foram cumpridos nos municípios de Feira de Santana e Itaberaba.
Fuga de unidade policial
A gerente de mercado Juliana Ribeiro, de 30 anos, foi morta na cidade de Saubara, no recôncavo baiano, em junho de 2022.
O soldado, suspeito de ter cometido outro homicídio na região de Feira de Santana, foi preso quase um ano e meio depois, em uma operação que investigou a participação de PMs em milícias na região de Santo Estevão, também no interior da Bahia.
A fuga dele nesta semana ainda é investigada. A PM também instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da fuga.
Saiba como aconteceu a fuga:
Durante a revista das celas, o soldado e outros custodiados foram transferidos para uma quadra/ solário da unidade;
Informações preliminares passadas pela PM indicam que o fugitivo se feriu ao pular do muro.
Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo, nesta quarta-feira (27), da ‘Operação Sangue Frio’
Redes sociais
Com isso, Diego Kollucha foi alvo da “Operação Sangue Frio”, realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA) na quarta.
Vítima morreu rendida
Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça na terça-feira (26), o policial executou a vítima sem oferecer qualquer chance de defesa. Ainda não se sabe o que motivou crime.
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Conforme informou o órgão, imagens registradas por câmeras de segurança da rua onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado matou a vítima, que estava rendida, de costas para ele.
Gerente de mercado é morta a tiros após deixar estabelecimento no recôncavo da Bahia
Reprodução/TV Bahia
De acordo com laudos policiais, Juliana de Jesus Ribeiro foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, rosto, tórax, abdômen e braços.
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O MP-BA informou ainda que provas do inquérito policial mostram que o policial planejou, premeditou e executou o crime.
Operação foi realizada nesta quarta-feira (27/03)
Divulgação/MP-BA
Veja abaixo o que aconteceu:
Trezes dias antes do assassinato, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, realizando o mesmo percurso e as mesmas ações que foram executadas na data do homicídio;
Por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles;
O soldado também alterou as placas do veículo usado no crime para dificultar a investigação.
Na decisão que determinou a prisão preventiva do suspeito, a Justiça considerou haver fortes indícios probatórios de que o PM “praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Um mês depois após o assassinato de Juliana de Jesus, um homem incendiou o mercado que ela trabalhava. O momento do crime foi flagrado por câmeras de segurança da rua. A polícia não detalhou se os casos são relacionados e nem se o PM tem participação no incêndio.
O outro homicídio em que o soldado é investigado não foi detalhado pela PM.
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