Coordenadoria de Fauna Silvestre irá até o local nesta quinta-feira (23) para fazer fiscalização. Crianças estão sendo acompanhadas pela Equipe de Saúde e Vigilância Epidemiológica do município. Duas crianças foram atacadas por macaco em Guapiara
Reprodução/redes sociais
As famílias das crianças que foram atacadas por um macaco da espécie bugio em Guapiara (SP) fazem apelo ao poder público para evitar novos casos. A Coordenadoria de Fauna Silvestre da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semil) fará uma visita à área rural nesta quinta-feira (23).
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De acordo com a Semil, a coordenadora irá fiscalizar o local e verificar quais serão as medidas tomadas. O bairro fica na zona rural da cidade, a cerca de 20 quilômetros do Centro.
Segundo a Prefeitura de Guapiara, as vítimas estão sendo monitoradas pela Equipe de Saúde e Vigilância Epidemiológica. Elas foram vacinadas contra raiva, e outras medidas necessárias para garantir a saúde das crianças também estão sendo tomadas.
Equipes ambientais do estado vão visitar área onde macaco atacou crianças em Guapiara
Luciana Paes, mãe da criança de um ano e quatro meses que foi atacada na segunda-feira (20), conta que levou o filho para o lado de fora da casa e, quando virou, o animal estava em cima dele.
“Todo dia o macaco vem. Direto ele fica solto sondando, olhando dentro de casa e as crianças brincando”, relata.
Alexandro Paes de Souza, pai da criança, afirma que não tem condições de comprar os medicamentos prescritos para o filho.
Ele também diz que, até o momento, nem a prefeitura, nem o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) resolveram a situação. A família pede que o macaco seja removido do local para evitar que esse tipo de incidente se repita.
“Até agora, nenhuma providência, porque nós acionamos cedo já que o macaco estava ali. Até agora o Petar também não deu resposta deles. E está assim. A prefeitura falou que ajudou, mas não ajudou em nada.”
Criança foi atacada por macaco da espécie bugio em Guapiara
Reprodução/TV TEM
Marcelly dos Santos, mãe da menina atacada em 11 de janeiro, relatou que a família estava reunida conversando do lado de fora da casa enquanto a criança brincava. Eles ouviram o barulho do macaco e, em seguida, o grito da menina após ser mordida na perna.
“Eu achei que ele tinha matado ela. Ela estava gritando muito e eu comecei a entrar em desespero. A gente não deixa ela sair de jeito nenhum. Antes de ele chegar, elas podiam brincar, mas, depois disso, as janelas estão todas fechadas.”
As duas crianças precisaram ser hospitalizadas após terem sidos atacadas pelo macaco. O bebê de um ano e quatro meses, atacado na segunda, teve ferimentos no rosto. Enquanto a outra criança, de três anos, teve ferimentos leves na coxa. Ambos já receberam alta médica.
Crianças são hospitalizadas após serem atacadas por macaco em Guapiara
Reprodução/Redes sociais
A Semil informou que os bugios são animais silvestres que vivem nas áreas de mata e, devido às alterações provocadas nos ambientes naturais e ao avanço dos centros urbanos, é cada vez mais frequente o relato da aproximação dos animais silvestres e sua interação com as pessoas.
“É bem provável que o macaco em questão esteja dispersando, ou seja, teria sido expulso do grupo e está procurando outro lugar para se fixar. Neste deslocamento, a população, por achar a espécie carismática e se penalizar pelo animal, acaba oferecendo alimento para ele. Com a oferta de alimentos, o animal fica mais próximo das pessoas e acaba por se fixar no local. Entretanto, o bugio permanece com seus institutos naturais e, quando se sente ameaçado ou assustado, pode atacar pessoas.”
É fundamental que não sejam fornecidos alimentos aos animais silvestres e que seja mantida distância deles, evitando interações e acidentes, informou a pasta.
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