4 de janeiro de 2025

Farmacêutico preso em Curitiba por venda de remédios falsos foi detido pelo mesmo crime 9 meses antes, diz polícia

Homem está preso desde terça (5) por vender remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais. Delegada o classificou como ‘maior traficante de medicações do Paraná’. Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso em Curitiba
RPC
O farmacêutico preso em Curitiba por falsificação de medicamentos foi detido pelo mesmo crime nove meses atrás, segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR). O nome dele não foi divulgado pela polícia.
Na última terça-feira (5), ele foi preso pela segunda vez. Conforme a polícia, o homem vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais.
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A corporação informou que em julho de 2023 ele foi preso em flagrante por falsificação de medicamentos e associação criminosa.
Conforme a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, a prisão do homem foi significativa.
“Com certeza o maior traficante de medicações do Paraná que já foi preso”, afirmou.
Na manhã de sexta-feira (8) a polícia encontrou três containers lotados de medicamentos vencidos, de uso hospitalar ou com tarja preta.
Os containers ficavam em um espaço usado para aluguel de espaço para armazenamento, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A polícia chegou até lá depois de uma denúncia realizada após a prisão do homem.
Polícia encontra três containers lotados de remédios vencidos e opioides em Piraquara
RPC
O caso:
Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso
Polícia encontra três containers lotados de remédios vencidos e opioides
Crimes
Segundo a polícia, o farmacêutico pode responder por tráfico de drogas e falsificação de medicamentos.
Caso condenado, a soma das penas por estes crimes pode passar dos 30 anos de prisão.
Segundo Ricardo Carvalho Filho, advogado responsável pela defesa do homem, a investigação está em segredo de Justiça e a defesa ainda não teve acesso aos documentos dela.
Disse também que entende que é necessário avaliar a situação com cautela.
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Polícia descobriu o caso após denúncia de vítima
Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso em Curitiba
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Segundo a Polícia Civil, o caso chegou às autoridades após uma mulher procurar a Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde.
Ela relatou que era viciada em fentanil – opioide utilizado como medicação para a dor – e comprou diversas ampolas do medicamento com o homem. Com isso, a mulher criou uma dívida com o farmacêutico e ele passou a ameaçá-la.
“Ele passou a ameaçá-la dizendo que era policial, que andava armado, que tinha matado muita gente e que acidentes aconteciam. Além disso, como juros, ele dizia para ela que ela podia mandar nudes para ele ou fazer favores sexuais”, afirmou.
Conforme a delegada Aline Manzatto, o homem chegou a vender cada dose de fentanil por até R$ 10 mil.
Manzatto orienta que aqueles que outras vítimas devem procurar a Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde, que fica na Rua Desembargador Ermelino de Leão, 513, no bairro São Francisco, em Curitiba.
Medicações de venda proibida e antibióticos vencidos
Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso em Curitiba
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Na terça, quando a operação foi deflagrada, a polícia cumpriu um mandado de prisão e de busca e apreensão na farmácia na qual ele era dono, na sobreloja do estabelecimento, na casa dele e em uma chácara em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Na chácara a corporação encontrou ampolas de morfina e outras medicações injetáveis de uso restrito a hospitais e de venda proibida ao comércio. Na sobreloja da farmácia havia quatro salas com medicações vencidas, chegando a centenas delas, entre as quais remédios controlados e antibióticos.
Os agentes também localizaram também testes vencidos de HIV, Covid-19 e dengue.
Segundo a polícia, o homem falsificava a data de validade dos medicamentos. Para isso, ele cortava a data de validade original e colocava um selo da farmácia por cima. Em outro lugar da caixa do medicamento o homem colocava uma data falsa.
A operação contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Piraquara.
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