Segundo o noivo Bruno Daró, o pai era o primeiro a mandar mensagens nos grupos da família. Zé Luiz, como era conhecido, morreu em junho de 2021, durante a pandemia. Noivo reproduz áudios do pai que morreu na pandemia durante casamento em SC. Vídeo: Roger Andrade
O noivo que reproduziu áudios felizes do pai, que morreu na pandemia, na entrada do próprio casamento em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, contou ao g1 que ele era conhecido por ser a primeira pessoa a mandar mensagens nos grupos da família em aplicativos de mensagem.
As gravações foram retiradas de conversas online, e tocadas em forma de homenagem antes da entrada de Bruno Daró ao altar (assista acima).
“Não tinha quem não gostasse dele. Na família era o tio mais querido. Entre os amigos, era o que contava piadas e fazia todo mundo rir”, disse Bruno.
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O pai do noivo, José Luiz Manuel Serafim, morreu em junho de 2021. Logo após, Bruno criou uma pasta online para guardar as mensagens em áudio enviadas por ele.
“Eu escutei todos os áudios que eu tinha salvo, e fui vendo o que fazia sentido para o dia do casamento, para que parecesse mesmo que foi para aquele dia”.
Os fotógrafos Bruno e Érica Duarte se casaram em 6 de setembro em uma cerimônia definida por eles como uma “grande memória com a família”. Leia trecho na narração abaixo:
A junção dos áudios escolhidos se transformou em uma mensagem de Zé Luiz, como era conhecido, que parecia ter sido narrada exclusivamente para o casamento, segundo o próprio filho. “Alguns convidados e até algumas outras pessoas que viram o vídeo pensaram que era inteligência artificial”, comenta.
📢 Vocês vão devagar, vão com calma e aproveitem bastante, belezura? Érica, tu tá em boas mãos aí com o Bruninho cuidando, hein? Trata bem, né, Bruninho? Tá ganhando uns pontinhos com o sogrinho, hein? Brincadeira, hein… É engraçadinho o pai da Érica, né? Bem gente boa ele. Parabéns aí pelo sogro e pela Érica.
Noivo reproduziu áudios enviados pelo pai em casamento em Criciúma (SC)
Elis Morelatto/ Divulgação
A noiva Érica, que é uma das pessoas citadas nos áudios do pai de Bruno, diz que a escolha de reproduzir as menagens partiu em conjunto. Os dois são fotógrafos de casamento e queriam que suas entradas não fossem convencionais.
“A gente queria essa alegria dele presente nesse dia. Ele era uma pessoa muito para frente, uma pessoa que fazia todo mundo feliz, fazia todo mundo sorrir. Ele era aquele áudio, aquele que mandava a primeira mensagem de ‘bom dia’ no grupo”, relata.
Érica também homenageou a mãe, que morreu há 14 anos, reproduzindo na festa a coxinha que ela costumava fazer nos eventos da igreja que frequentava. Foi a primeira entrada servida aos convidados (veja na foto abaixo).
“Ela veio com uma plaquinha assim: ‘coxinha da Chiquinha’. E a irmã da Érica também disse que foi a pessoa que mais se aproximou do sabor da coxinha da Chiquinha”, comenta Bruno.
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Elis Morelatto/ Divulgação
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