Neste 8 de março, o g1 Amapá convida você a conhecer a história de Eudália Tavares, de 54 anos. Ela, assim como inúmeras ‘tucujus’ representam o ‘simbolismo feminino’ no meio do mundo. Eudália, feirante em Macapá que é exemplo de mulher forte
Rede Amazônica/reprodução
Entre o vai e vem de pessoas em meio à famosa feira do Buritizal, na Zona Sul de Macapá, está Eudália Tavares, de 54 anos. A amapaense, que é formada em psicologia, mas trabalha desde os 14 anos como feirante, tem como referência profissional as origens da família.
“Sempre corri atrás dos meus sonhos, poderia ganhar dinheiro de outras formas, mas eu sou feliz aqui”, descreveu a feirante.
Mãe solo, feirante, amapaense, mas antes de tudo mulher, Eudália representa a singularidade feminina que o Dia Internacional da Mulher espalha ao redor do mundo.
“Todos os dias a mulher brasileira acorda e vai à luta, então já virou uma rotina acordar às 5 horas da manhã, fazer o café e vir trabalhar” disse autônoma.
Na feira, o produto à venda não podia ser outro: maniçoba pré-cozida com afeto e ancestralidade. Além dos temperos característicos da região, como: cheiro verde, pimentinhas e couve. Assim, a amapaense conquistou inúmeros clientes ao longo dos anos.
Feirante Eudália, exemplo de mulher forte no dia das mulheres
Rede Amazônica/reprodução
Aliás, entre os amores, o maior é o de mãe. “Realização de um sonho”, assim ela descreve o seu filho Davi, que é fruto de uma adoção.
Para ela, o sinônimo de força que o nome do pequeno carrega faz relação com o sentimento despertado todos os dias em seu coração.
“Tudo que eu faço é pensando no meu filho, pois sonho em dar para ele coisas que eu não tive. E apesar de ter dias que o trabalho me impede de dar aquela atenção maior a ele, eu faço o possível para ter esse tempo de qualidade” detalhou Eudália.
Davi é fruto de uma adoção
Arquivo Pessoal/Eudália Tavares
Gerações que inspiram
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 2022, o número de mulheres no Amapá era de 369.243. No meio desses milhares de personalidades, algumas se confundem.
Assim como as Joanas, Marias, Deusas e Margaridas, descritas na música do poeta do Amapá, Osmar Júnior, se cruzavam no Igarapé das Mulheres, à época na Zona Central de Macapá.
A rua Claudomiro de Moraes é a via que passa em frente ao trabalho de ambas
Reprodução
As histórias de Eudália e Emmily Silva se encontram também. Desta vez, anos depois, na Zona Sul da Capital. Emmily é vendedora de uma loja de roupas localizada a poucas ruas da feira do Buritizal.
Em comum entre elas, a profissão como vendedora, representada no amor pelas origens e pelo laço maternal.
“Eu me divido entre ser mãe, trabalhadora, estudante, e no meio disso tudo isso tenho que arranjar um tempo ainda para me cuidar […] isso é ser mulher”, disse a jovem.
Emmily, exemplo de mulher forte e guerreira
Emmily/arquivo pessoal
Apesar de não se conhecerem, Emmily e Eudália compartilham de opiniões que despertam a representatividade nesta sexta-feira (8).
“Quando falamos de mulher, há vários desdobramentos. A gente já conseguiu ocupar espaço na política, economia e mercado de trabalho, mas ainda existe preconceito, por isso muita coisa ainda precisa ser feita para amenizar esses problemas”, afirmou a autônoma.
Para Emmily, quando questionada sobre as barreiras sociais, o sentimento despertado é de gratidão pela luta de outras mulheres que vieram antes do seu nascimento.
“Eu tenho exemplos de força dentro de casa, que são minha mãe e minha avó, elas são minhas inspirações nos dias mais difíceis. Além de outras mulheres quem a gente convive diariamente, seja no trabalho ou em outros lugares.” disse a vendedora.
De espaços, rotinas e vivências diferentes, Eudália e Emmily são o simbolismo feminino das diferentes mulheres do extremo Norte do país.
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