26 de dezembro de 2024

Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias


Ao g1, psicóloga especializada em terapias sensoriais destacou a importância de adaptar ambientes e respeitar as necessidades de cada pessoa para garantir que todos aproveitem as celebrações. Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas
TV TEM/Reprodução
As festas de fim de ano, normalmente marcadas pela celebração e união entre amigos e familiares, podem representar um grande desafio a muitas famílias atípicas.
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Para pessoas com condições especiais, como autismo, ou hipersensibilidade sensorial, a época é repleta de estímulos que podem ser difíceis de lidar.
A adaptação desses ambientes e a compreensão das necessidades específicas de cada pessoa pode ser uma alternativa para tornar um espaço acolhedor e inclusivo, onde todos podem aproveitar os momentos de confraternização.
Mariana Bonnás, psicóloga especializada em terapias sensoriais, ressalta a importância de respeitar a rotina das pessoas com deficiência e de garantir que todos os convidados, independentemente das suas necessidades, se sintam acolhidos.
“Perguntar como ajudar e mostrar que você se importa é a melhor forma de garantir que todos possam aproveitar a festa”, explica.
Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas
TV TEM/Reprodução
A especialista listou algumas dicas e cuidados essenciais para quem vai receber famílias com pessoas atípicas. Confira:
Iluminação suave e fixa: Substitua luzes piscantes por aquelas estáticas e em tons quentes, que são menos agressivas.
Decoração tátil: Opte por enfeites feitos de materiais como feltro, algodão ou madeira, que são mais confortáveis ao toque.
Cores suaves e harmoniosas: Evite cores muito contrastantes ou chamativas, que podem ser excessivamente estimulantes.
Aromas leves: Utilize fragrâncias naturais, como lavanda ou baunilha, para promover relaxamento.
Organização do espaço: Reduza a poluição visual, dispondo os itens de decoração de forma ordenada e evitando sobrecarga sensorial.
Alimentação adaptada: Ofereça pratos que atendam às necessidades alimentares específicas dos convidados, especialmente para aqueles com seletividade alimentar.
Comunique-se: Pergunte às famílias sobre as necessidades específicas de cada convidado, como sensibilidades sensoriais, e seja flexível quanto aos horários e atividades.
Previsibilidade nas festas
Caio Henrique tem 15 anos e foi diagnosticado com autismo aos 10. A sensibilidade aos sons e a seletividade alimentar são grandes desafios para o morador de Bauru (SP) durante as confraternizações.
Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas
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Além disso, Camila, sua mãe, sempre prepara pratos que o filho já está acostumado, para que ele possa participar das ceias sem desconfortos.
“Foi um período bem difícil no começo, até entendermos as necessidades dele, mas hoje, com a ajuda de fones de ouvido para amenizar os sons e pratos adaptados, conseguimos tornar as festas mais agradáveis para ele”, explica.
Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas
TV TEM/Reprodução
Em entrevista à TV TEM, Caio explicou que a previsibilidade de como serão as celebrações lhe dão mais conforto ao planejar sair de casa nas festas de final de ano.
“Para mim é melhor isso, ter certeza que eu vou comer exatamente aquela comida que vou estar com exatamente aquelas pessoas, que não vai ter um ‘intruso’, finaliza o jovem.
Festas de fim de ano inclusivas: psicóloga dá dicas de como acolher famílias atípicas
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