16 de janeiro de 2025

‘Ficava difícil uma definição do PSB sem definição do PT’, diz Gleisi Hoffmann sobre indicação de vice na chapa de João Campos

Prefeito do Recife, que deve tentar a reeleição, ainda não divulgou se vai aceitar a indicação. Gleisi Hoffmann (PT) em coletiva de imprensa no Recife
Pedro Alves/g1
O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu indicar o nome do médico e ex-vereador Mozart Sales como pré-candidato a vice-prefeito do Recife, na chapa de João Campos (PSB), que deve tentar a reeleição. O atual prefeito ainda não divulgou se vai aceitar a indicação.
Na capital pernambucana, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira (28) que a demora pela escolha de um nome entre os petistas impossibilitava qualquer definição dos socialistas.
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“A gente teve recentemente essa definição, foi ontem. Então, ficava difícil uma definição do PSB sem uma definição do PT. Acho que, a partir de agora, tendo apresentado os nomes, a gente tem que compor, conversar com essa frente. Então, tem que ter o tempo, agora, para a gente conversar. É natural do processo. Ainda temos um prazo até as convenções para isso”, afirmou Gleisi Hoffmann.
A presidente, que é deputada federal pelo Paraná, esteve em Pernambuco para receber o título de Cidadã Recifense, concedido na quinta-feira (27).
No dia da chegada de Gleisi Hoffmann, o deputado federal Carlos Veras (PT), um dos nomes do partido cogitados para concorrer como vice na chapa de João Campos, divulgou uma nota se retirando da lista de possíveis pré-candidatos.
Veras disse que tomou a decisão “em nome da unidade interna” do partido e, na mesma publicação, apresentou Mozart Sales como pré-candidato indicado pelo PT.
Nesta sexta, o PT também anunciou o nome do vereador Vini Castello (PT) como pré-candidato a prefeito de Olinda. Ele conta com o apoio do prefeito João Campos e do PSB, que cogitava lançar a deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) à prefeitura.
O lançamento oficial da pré-candidatura petista para Olinda foi marcado para o sábado (29).
Gleisi Hoffmann, em coletiva de imprensa, falou sobre a aliança com o PSB nacionalmente e garantiu que, neste ano, os dois partidos vão caminhar juntos nas eleições municipais.
“[Estou aqui para] Apresentar o nosso pré-candidato a vice, Mozart, para que a gente possa fazer o debate aqui no Recife, de maneira a construir um caminho para que a gente possa ter, de novo, essa vitória importante no campo político e essa aliança que nós temos aqui”, afirmou Gleisi Hoffmann.
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O cenário para a pré-candidatura a vice na chapa de João Campos também é incerto porque, no início do ano, o prefeito do Recife filiou a partidos da base dois membros do alto escalão de sua gestão.
Marília Dantas, de Infraestrutura, foi para o MDB, e o então chefe de gabinete, Victor Marques Alves, foi para o PCdoB — este último compõe federação com o PT e o PV.
Os dois, inclusive, foram exonerados pelo prefeito às vésperas do fim do prazo de desincompatibilização, que é o período permitido pela Justiça Eleitoral para quem vai disputar um cargo eletivo, aumentando as especulações sobre a definição do nome que vai compor a chapa.
Questionada sobre se o PT ficaria satisfeito em ter um candidato do PCdoB ou do PV na chapa, Gleisi Hoffmann disse que, embora seja um pleito legítimo, ainda trabalha com a ideia de um petista na vice.
“Eu presido o PT e, obviamente, gostaria muito que o PT compusesse a vice aqui. Por isso que nós estamos apresentando a pré-candidatura a vice do Mozart. Também acho que seja legítimo o PCdoB apresentar, os partidos que compõem a coligação. Isso tem acontecido em várias cidades. Por isso que eu disse que nós estamos conversando. A política é a arte da conversa e da construção coletiva”, declarou.
Pré-candidatura petista
Mozart Sales (no centro), nome indicado pelo PT para compor a chapa de João Campos (PSB)
Pedro Alves/g1
O indicado petista, Mozart Sales, atualmente é assessor do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele já foi vereador do Recife, deputado estadual e chefe de gabinete de Padilha como ministro da Saúde, no segundo governo Lula.
Ele agradeceu ao deputado federal Carlos Veras por ter retirado o próprio nome da disputa pela indicação.
“Queria agradecer e elogiar o gesto do companheiro Carlos Veras, de entender que a sua missão está se apresentando como uma pessoa que vai articular as candidaturas do PT no interior do estado e fazer esse processo, e que abriu mão da disputa e de se colocar na condição de ofertar o nome para o conjunto das forças da frente popular conduzida pelo prefeito João Campos e pelo PSB na cidade do Recife”, afirmou.
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