14 de novembro de 2024

Filho confirma que pai fazia troca de gás de botijão dentro de apartamento que explodiu em Maceió; três pessoas morreram


Testemunha foi ouvida pela Polícia Civil e confirmou que a prática de passar o gás entre os botijões, o de cozinha e o que vendia churros, era comum. Prédio do Residencial Maceió I que desabou após explosão
Lucas Leite/g1 AL
O filho de Gilvan da Silva confirmou, em depoimento para a Polícia Civil, que o pai costumava passar o gás do botijão de cozinha para o botijão que ele usava para vender churros em um carrinho. Gilvan e mais duas pessoas morreram na semana passada após a explosão de um prédio em Maceió. A suspeita é que a explosão foi causada por um vazamento de gás. A informação foi confirmada pela delegada Cássia Mabel.
“O filho do Gilvan confirmou que ele fazia essa troca do gás para vender os churros. No dia do acidente estavam Gilvan, a esposa dele e os dois netos [um deles, Tharlysson morreu na explosão]. A esposa e um neto continuam internados. Estamos esperando eles melhorarem para colher os depoimentos”, disse a delegada.
O prédio, que foi completamente destruído, era formado por um piso térreo e um andar. Cada pavimento tinha quatro apartamentos do tipo duplex (com dois andares). A Defesa Civil de Maceió informou que isolou 21 apartamentos em cinco blocos. Muitos escombros e móveis quebrados ficaram espalhados pela rua. A Polícia Militar isolou a região.
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O vendedor de churros Gilvan da Silva, 57 anos, e o neto Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos, moravam no mesmo apartamento. A terceira vítima, o ajudante de construção Wesley Lopes da Silva, 36 anos, morava em outro apartamento no mesmo prédio.
A Polícia Científica confirmou que recolheu 17 botijões de gás do prédio que desabou. As primeiras análises apontam que a explosão teve origem no banheiro do apartamento em que Gilvan morava com a família.
Botijões encontrados no local da explosão em Maceió
CBMAL
Quem eram os mortos?
Vendedor de churros Gilvan, o neto Tharlysson e o ajudante de construção civil Wesley morreram em explosão em apartamento em Maceió
Reprodução/Redes Sociais
Três pessoas morreram após a explosão:
Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos
Gilvan da Silva, 57 anos
Wesley Lopes da Silva, 36 anos
Vizinhos contaram para a reportagem do g1 que Tharlysson era tranquilo e obediente. Ele estudava e gostava de brincar com os amigos na região. Ele e o avô Gilvan moravam no mesmo apartamento. Com o impacto da explosão, os dois foram arremessados para fora do imóvel e morreram no local, segundo o Corpo de Bombeiros.
Gilvan da Silva vendia churros e batata frita e tinha costume de acordar durante a madrugada para preparar a massa do churros e cortar as batatas. Durante anos ele trabalhou na porta do campus do IFAL em Maceió, e era conhecido carinhosamente como “Tio do Churros”.
Wesley Lopes trabalhava como ajudante na construção civil e morava com o tio no residencial. Segundo Maurício Ferreira, o primo iria se mudar no fim de semana para outro bairro. Ele estava vivo quando os militares chegaram ao local.
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