As primeiras decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram comentadas nesta quarta-feira (22) no Fórum Econômico Mundial. Primeiras decisões de Donald Trump foram comentadas nesta quarta-feira (22) no Fórum Econômico Mundia
Reprodução/TV Globo
As primeiras decisões de Donald Trump foram comentadas nesta quarta-feira (22) no Fórum Econômico Mundial.
Entre as muitas ameaças planetárias, o secretário-geral das Nações Unidas focou em duas. O uso descontrolado da inteligência artificial e o caos climático. No discurso, António Guterres não mencionou Donald Trump, mas deu recado:
“Nosso vício em combustíveis fósseis é um monstro de Frankenstein que não poupa nada, nem ninguém”.
Depois, em uma conversa com o presidente do Fórum Econômico Mundial, o português mencionou, sim, o presidente americano. Mas para elogiá-lo. Falou em “diplomacia robusta” ao comentar o acordo para o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Por outro lado, se disse preocupado com o risco de que o governo de Israel, impulsionado pelo sucesso militar em Gaza, resolva agora anexar a Cisjordânia. Mais tarde, a correspondente Bianca Rothier perguntou ao chefe da ONU se políticas de Trump podem prejudicar a COP no Brasil.
“É bom não esquecer que hoje a ciência está do lado das economias verdes e as energias renováveis são muito mais baratas do que as produzidas por fósseis de fogo”, afirma António António Guterres, secretário-geral da ONU.
Donald Trump foi pessoalmente ao Fórum Econômico Mundial duas vezes no primeiro mandato. Em 2025, a participação vai ser virtual. Mas ele nunca esteve tão presente. De saúde a meio ambiente, de guerra a comércio, não importa o tema: as palavras – e medidas de Trump – ecoam por lá.
A chefe da Organização Meteorológica Mundial tentou minimizar a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris. Disse que as emissões de gases poluentes não são culpa de um país sozinho e, sim, uma responsabilidade coletiva.
Já o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi direto quando a reportagem perguntou sobre a decisão de Trump de abandonar a OMS.
“18% do financiamento vem dos Estados Unidos. Vamos ser honestos. O financiamento vai cessar e a OMS vai ter que focar nas prioridades.”
‘Financiamento vai cessar e a OMS vai ter que focar nas prioridades’, diz representante da organização após decisão de Trump
Reprodução/TV Globo
Em uma crítica à falta de regulamentação das redes sociais, o primeiro-ministro espanhol disse:
“Vamos devolver as plataformas digitais ao seu propósito original e vamos barrar quem quer transformá-las em armas para desmantelar democracias”.
Pedro Sánchez parafraseou o slogan de campanha de Trump:
“Vamos tornar as redes sociais grandes de novo”.
LEIA TAMBÉM
Após EUA deixarem Acordo de Paris, Brasil tenta se firmar como liderança ambiental e reafirma em Davos compromisso com COP 30
Em ano de COP 30, ministro vai a Davos buscar investimentos em economia verde e transição energética, diz assessoria
Davos: conflitos armados, tensões econômicas e mudanças climáticas são riscos para 2025, diz pesquisa