28 de dezembro de 2024

Flávia Alves promete transformar todas as escolas da rede municipal em tempo integral, construir maternidade de SL e acabar com fila de marcação de consultas

Candidata à eleição, pelo partido Solidariedade, para a Prefeitura de São Luís foi a sétima a participar da série de entrevistas do JM1, nesta terça-feira (1º). Candidata à Prefeitura de São Luís, Flávia Alves é entrevistada no JM1
A candidata à Prefeitura de São Luís pelo partido Solidariedade, Flávia Alves, foi a sétima entrevistada na série de entrevistas do JM1, com os oito candidatos à prefeitura da capital maranhense.
Flávia Alves declarou que, sendo a única mulher na campanha para a Prefeitura de São Luís, é muito importante representar a voz das mulheres no processo democrático. A candidata também afirmou que se inquieta pelo fato de São Luís ter problemas históricos que não foram enfrentados ao longo das gestões municipais.
“O problema da saúde, o problema da fila das marcações de consulta, a dificuldade no atendimento nos hospitais de porta aberta, a educação, principalmente fundamental, que tem iniciado o período escolar muito tarde, muitas vezes em abril, em maio do ano letivo. Isso tudo me inquieta e me faz estar aqui hoje. Além, como eu disse no início, da importância de ter uma mulher nesse debate, a perspectiva, a voz da mulher, a mulher como a cuidadora, líder de família, que é uma realidade em São Luís, no Brasil e no mundo. É uma responsabilidade que precisa ser alcançada nos espaços de poder. Tudo isso me motiva a estar aqui, é o grande porquê dessa jornada da minha candidatura”, afirmou.
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A candidata também disse que tem grande experiência profissional, com 20 anos atuando tanto na iniciativa privada quanto na pública. Ela aponta que, além da experiência profissional, conta com a sua experiência de vida para administrar São Luís.
“Eu tenho mais de 20 anos como profissional, tanto atuando na iniciativa privada como na pública. Passei por vários órgãos do Executivo, trabalhei no Tribunal de Justiça, tenho uma visão, pela minha formação acadêmica, sobre o que São Luís precisa, pela minha vivência no dia a dia, como quem nasceu e se criou aqui em São Luís e sabe das dificuldades. Durante toda a campanha tenho ouvido todas essas dificuldades, todas essas reclamações, em especial sobre saúde, educação, transporte público, saneamento básico. Então, tenho arcabouço tanto da minha preparação pra estar aqui, como pela minha experiência profissional, tenho mais de 20 anos atuando, além, principalmente também da minha experiência de vida como mulher, como esposa, como mãe e como profissional”, declarou.
O candidato Duarte Júnior, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), será o entrevistado desta quarta-feira (2), encerrando a série de entrevistas do JM1, com os oito candidatos à prefeitura da capital maranhense.
Flávia Alves (Solidariedade) é entrevistada no JM1
JM1 faz série de entrevistas com candidatos à Prefeitura de São Luís
Educação
Flávia Alves prometeu transformar todas as escolas da rede municipal em unidades de tempo integral e que essa medida não vai dobrar o custo da educação no município.
“As escolas de São Luís, elas já foram funcionam durante todo o período escolar. De manhã, com o turno da manhã, e de tarde, com o turno da tarde. As atividades em uma escola de tempo integral, elas são formais em um turno e são as atividades extras em outro turno. Então, se a criança estuda de manhã à tarde ela vai ter atividades extras, vai ter o esporte, vai ter atividades lúdicas, vai ter a compensação de matérias onde há um déficit educacional. Isso não gera o dobro do custo, para funcionamento da rede municipal. Também, muitas pessoas perguntam sobre o espaço físico, o espaço físico da sala de aula ele é usado no período formal, e o espaço da escola é utilizado para o restante do tempo integral. As quadras, as bibliotecas, os espaços de convivência. Então não tem problema nisso, a rede privada faz isso exatamente da mesma forma como escola só, tendo dois turnos e, ainda assim, tendo tempo integral”, afirmou.
A candidata também disse que há recursos do governo federal para aplicar a modalidade de ensino integral, além de haver verba do próprio município sendo que, para 2025, o orçamento da educação é de R$ 1 bilhão e 500 milhões.
“Tem recurso hoje, o governo federal tem um edital aberto hoje, a portaria 777 de 2024, oferecendo recurso pra implantação, construção de escola em tempo integral e custeio. Então, eu não tenho dúvida de que São Luís, tanto no recurso próprio, mais de R$ 1 bilhão pro recurso de 2025, perto de R$ 1 bilhão e 500 milhões pra educação, tem condições. Isso é uma escolha, isso é uma questão de prioridade. As crianças de São Luís, elas precisam de muito mais estímulo do que está acontecendo hoje”, declarou.
Flávia Alves prometeu, ainda, reorganizar o sistema de matrícula e rematrícula do município, colocando as crianças para estudarem perto de casa.
“Nós temos superlotação em algumas escolas e salas de aula vazias em outras escolas. O grande X é conectar as residências onde as crianças vivem às vagas de escola e remanejar essas vagas. Se as crianças de São Luís estudarem perto de casa, elas vão ter o envolvimento da família no processo pedagógico. E dá pra fazer isso com plataformas tecnológicas, que estão ofertadas aí à sociedade, em que a gente enxerga, ativamente, aonde estão as crianças e planeja pra que tenha vaga pra essas crianças próximo de casa. Todo o bairro de São Luís, seja zona rural ou zona urbana, precisa ter vaga pra quem vive nesse bairro. Isso é uma fórmula fácil, busca ativa tecnologia. Hoje a gente sabe onde cada pessoa mora e está, em tempo real, pelas plataformas de inteligência artificial”.
Candidata à Prefeitura de São Luís, Flávia Alves (Solidariedade), foi entrevistada no JM1.
Reprodução/TV Mirante
Saúde
Flávia Alves prometeu, na área da saúde, construir uma maternidade municipal e criar uma rede de atendimento da mulher, que abranja desde o planejamento familiar até pós-parto.
“Tem recurso, o governo municipal de São Luís não alcança o seu teto de contratação. Então, além do recurso material, a gente precisa de recurso humano. São Luís gasta, em média, 40% do que pode gastar com a folha, então eu tenho 20% pra executar concursos públicos e garantir profissionais realmente qualificados pra esse atendimento, tanto na maternidade, que é muito importante para a qualidade de vida da mulher de São Luís. É muito importante que a gente construa uma rede de atendimento da mulher, que passa do planejamento familiar, passa pelo pré-natal, pelo parto. E aí, por isso a primeira maternidade municipal, porque muita gente não sabe, mas São Luís não dispõe de uma maternidade municipal, que vai compor essa rede. O pós-parto e a entrega das crianças às creches, que é a oportunidade em que a mãe tem de voltar para o mercado de trabalho e deixar de ser vítima de violência. A maior causa de violência doméstica é a falta de autonomia financeira da mulher e pra ela ter autonomia financeira ela precisa trabalhar, precisa deixar seu filho em creche”.
A candidata disse, ainda, que há recursos do próprio município para otimizar a saúde e, investindo na otimização desses recursos, vai ter verba para fazer muito mais nessa área, como a construção de um Socorrão III, na região Itaqui Bacanga.
“Tem recurso, tem recurso tanto próprio que é aplicado, muitas vezes, com uma falta de priorização, não otimização desses recursos da saúde. Muitas vezes o cidadão em São Luís faz exames e os exames vencem e ele não consegue realizar, por exemplo, a cirurgia ou o retorno pra consulta. Se a gente otimizar isso, fazendo com que essa rede de saúde funcione, fazendo o básico bem feito, chegou na rede, na unidade básica, é atendido, tem a sua consulta marcada com o especialista, tem os exames básicos feitos, um kit básico de remédios. Se a gente otimizar a saúde pública de São Luís, a gente tem recurso pra muito mais do que uma maternidade. Ainda te diria que também no meu programa eu falo no terceiro hospital de portas abertas, que seria o Socorrão III, na região Itaqui Bacanga, tem recurso pra isso”, afirmou.
Ainda sobre a saúde, a candidata afirmou que é nessa área que está a sua proposta mais urgente, acabar com as filas de marcação de consultas, por meio da contratação de mais especialistas e do aumento da oferta de agendamentos.
“A nossa prioridade número é a questão da saúde pública, é fazer o básico bem feito, é acabar com as filas de marcação de consulta que humilham a população de São Luís. Eu tenho relatos diários de pessoas que dormem na fila e não conseguem consulta. Vejo as justificativas, as mais estranhas possíveis. Uma é que a solução é sistema novo de marcação de consulta, não é. A solução é ter consultas para serem agendadas. É contratar especialistas, pra que a gente tenha, em São Luís, a condição de oferecer saúde pro cidadão. Então, a proposta é, entrou na unidade básica de saúde, sai com a consulta marcada. Isso é simples, isso não requer mais dinheiro de recurso público, requer uma decisão de garantir a oferta de vagas de consulta”, destacou.
Transporte público
Na área de transporte público, Flávia Alves promete realocar as rotas e as paradas de ônibus, além de criar mais dois terminais de integração e reformar os que já existem. A candidata propõe, ainda, fazer uma parceria com a inciativa privada para, além de construir os terminais, elas ofereçam lojas e serviços para a comunidade, nos espaços que possam ser ocupado dentro dos terminais.
“São Luís precisa, com relação ao transporte público, principalmente de um plano de mobilidade. O que esse plano vai fazer? Um plano com participação popular, esse plano vai realocar as rotas, as paradas de ônibus, vai estudar o espaço desses novos terminais. Não adianta uma impressão da Flávia sobre isso, mas eu te diria, novamente a área do Itaqui Bacanga, que tem um problema seríssimo de transporte público. Hoje as paradas de ônibus do Itaqui Bacanga elas são ocupadas pelos carrinhos, porque na prática, a qualidade e o tempo de rota dos ônibus é tão grande que as pessoas não podem esperar. Com relação a melhoramento e construção desses terminais, primeiro, que é obrigação da iniciativa privada, que são essas empresas que têm a concessão, pela prefeitura, tem o direito de exercer essa atividade do transporte coletivo. Então, elas têm a obrigação de fazer isso. Mas, mais do que isso, associar isso a própria construção civil, gerar emprego e renda e qual seria o atrativo? O atrativo é que essas empresas, em elas edificando, construindo os terminais, elas possam oferecer ali dentro as lojas, os espaços que possam ser ocupados. E aí, fazendo um mix entre o empreendedorismo local, mais a oferta ampla ao mercado de ocupação. Esse modelo funciona em vários lugares do Brasil. Os espaços de terminais rodoviários, ferroviários gerenciados pela iniciativa privada, mas priorizando a comunidade local. Então essa é a ideia da parceria público privada para a integração”, destacou.
Requalificação do Centro de São Luís
A candidata afirma que uma de suas propostas é promover estímulo fiscal para ocupação do Centro Histórico de São Luís, para que haja pessoas morando e empreendendo nessa região e assim, será possível haver, de fato uma revitalização do Centro da capital.
“A questão do Centro Histórico ela passa, não só por uma revitalização de construção, de reforma, que também é necessária, e é mais uma das responsabilidades que tem que ser dividida entre os donos dos casarões, incentivados pelo poder público, mas é mais do que isso. O Centro de São Luís ele é espaço de cultura, é espaço de vida, então, a minha proposta é promover estímulo fiscal para ocupação. As pessoas precisam morar, empreender e ter atividade no Centro Histórico. Só quem vive ali vai cuidar daquele espaço. Então a ideia é ocupar mais o Centro Histórico através desse estímulo fiscal, tanto com moradia como com atividades econômicas, buscar as aptidões culturais pra funcionar dentro desses casarões. E aí eu tenho uma firmeza pra te dizer, é possível ocupar com vida e, principalmente, vida cultural o Centro Histórico de São Luís, se ele tiver ocupado por pessoas. As pessoas têm que morar lá, viver lá, ter negócios lá e aí a gente vai ter um Centro Histórico realmente revitalizado, porque a própria palavra, revitalizar, ela já diz, é dar nova vida e não simplesmente edificar, construir. Aquilo é uma coisa concreta, que não garante essa ocupação, essa fase áurea do Centro Histórico de São Luís. Nossa proposta é ocupar o Centro”, declara.
Praias
Flávia Alves prometeu criar o ‘projeto Orla’, que visa a ocupação e proteção das praias em São Luís, trazendo para a administração municipal a gestão da orla da capital. Ela afirma que vai assumir o compromisso de enfrentar a questão do esgotamento sanitário, garantindo o tratamento do esgoto que é lançado nas praias, além de estimular o turismo na região, por meio dos esportes de orla e prática de atividades físicas.
“A orla de São Luís, a gente chamou de projeto Orla, ela tem várias aptidões e na prática pra gente resolver isso a gente tem que fazer ela ser ocupada com esses objetivos. Nós temos para a orla o primeiro ponto, a questão do saneamento básico, da balneabilidade das praias. Então o nosso plano e tá no plano, é um compromisso, vai enfrentar a questão do esgotamento sanitário, enfrentar a tratativa com a Caema, para garantir o tratamento do esgoto que, no final das contas, vai parar nas praias de São Luís. Isso vai dar norte pra gente poder estimular o turismo na região. E aí o turismo de orla é a nossa maior aptidão, os esportes de orla, a gente ocupando a nossa orla, especialmente a avenida Litorânea, toda a sua extensão com esportes aquáticos, áreas de atividade física no calçadão, áreas estruturadas pra receber as atividades de kitesurf, surf e vôlei de praia e todas essas atividades a gente vai levar à orla de São Luís o valor, o valor do esporte, o valor da cultura, o valor do turismo. Isso gera arrecadação, gera estímulo pro município e a gente vai fazer isso através de equipamentos públicos, dando espaços dignos pras pessoas ocuparem a praia, desde que também essa praia esteja em condições de balneabilidade, em condições de banho, que é o número um do nosso projeto, que é garantir o tratamento de esgoto sanitário”, afirmou.
A candidata Flávia Alves foi entrevistada por Tayse Feques e Davi Araújo no JM1.
Reprodução/TV Mirante
Moradia
Na área de moradias, a candidata promete a construção de casas, por meio da iniciativa privada e o governo federal, para as pessoas que não têm onde morar. A candidata destaca que essas obras devem ser grandes geradoras de emprego e renda, pois ela se compromete a fazer uma gestão em que as empresas contratem mão de obra local, para executar desde as atividades mais simples até as de direção e supervisão, pois São Luís tem potencial de entregar profissionais de qualidade ao mercado de trabalho.
“A ideia é utilizar vários recursos do governo federal pra construção de moradia, associada a iniciativa privada local, pra ser grande gerador de emprego e renda, porque essas obras estruturantes, essas obras de saneamento, de moradia, além de atender a necessidade básica, que é a moradia, o saneamento básico, ela promove geração de emprego e renda. E aí o recurso tem que vir mesmo do governo federal. É importante que a gente, de fato, se comprometa a acessar esses recursos, eles são disponibilizados. Muitas vezes há uma acomodação, há até quem se vangloria de dizer que não precisa de recurso do governo federal, eu acho que a gente precisa de todo o recurso que possa ser instrumento da melhoria, da qualidade de vida das pessoas. E sim, junto à iniciativa privada local, porque isso gera a economia, gera a arrecadação, gera o primeiro emprego, empregos qualificados. E aí eu me comprometo a fazer uma gestão, de que essas obras contratem mão de obra local, não só para as atividades mais simples, como muitas vezes acontece, mas também para as direções, para as supervisões, porque São Luís tem um potencial de entregar profissionais para o mercado de trabalho, que absorvam todas essas atividades”, destaca.
Ainda na área de moradia, Flávia Alves promete entregar casas com equipamentos públicos, como escolas, unidades básicas de saúde, água potável, esgotamento sanitário e transporte público.
“A gente também tem que se lembrar que a gente não pode entregar só casa para as pessoas, a gente tem que entregar as moradias, os equipamentos públicos, escola, unidade básica de saúde, transporte público de qualidade, ligando esse habitacional, ligando esse espaço de moradia a toda a cidade e, também, água potável e esgotamento sanitário. Hoje, em São Luís a gente tem projetos habitacionais, que foram implantados e que a população não dispõe de água. A água que foi disponibilizada para eles é uma água comprovadamente não potável, não pode ser usada pelo ser humano. E como que a gente entrega casa sem água e sem esgoto?”.
Posicionamento político
Flávia Alves foi questionada sobre seu posicionamento político, pois já concorreu ao cargo de deputada federal pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), em 2022, e agora está no partido Solidariedade, que tem uma posição mais de centro e que já fez oposição à esquerda. A candidata afirmou que já foi ligada ao ex-governador e ex-senador Flávio Dino e ao atual governador do estado, mas hoje faz oposição a ele, por não se identificar com as práticas sobre saúde e educação. Porém, sendo eleita prefeita de São Luís, ela irá dialogar com o governo do estado em prol dos cidadãos de São Luís.
“Politicamente eu estou no Solidariedade, um partido que originalmente surge do sindicalismo, ele vem da força sindical, da força dos trabalhadores. Essa é a minha linha, a minha concepção. Sim fui candidata, apoiei, estava num grupo que hoje é um grupo que já teve um representante que saiu da política, que é o Flávio Dino, e o atual governador, do qual hoje sou oposição. Porém, eu sendo prefeita de São Luís, terei a responsabilidade de dialogar com o governo do estado em prol das pessoas de São Luís, de quem vive nessa cidade. Isso se chama responsabilidade e compromisso com o meu objetivo. O meu entendimento político é que toda a política pública que priorizar, que colocar como prática na sua vivência do dia a dia a melhoria da qualidade de vida da população, a promoção da justiça social é onde eu me alinho e, portanto, hoje não me alinho, de fato, ao governo do estado do Maranhão, por não estar me identificando com as práticas sobre saúde e educação, mas que, sobre São Luís, teremos sim a maturidade de debater o que é melhor pro povo de São Luís”, declarou.

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