Nascida em 1945, a paracatuense foi um dos nomes mais relevantes da fotografia brasileira no século XX; exposição do Fliparacatu celebra o trabalho da artista Pouca gente sabe, mas uma das mais extraordinárias artistas da fotografia nasceu em Paracatu, na Rua Goiás, 400, em 1945, e faleceu em 2020. Estamos falando de Vania Toledo, que será homenageada na 2ª edição do Fliparacatu com a mostra “Retratos”, composta de 60 reproduções em 30 flâmulas de dupla face, afixadas em postes, compondo mais uma atração do #GiraFliparacatu. Seu filho e herdeiro, Juliano Toledo, também fotógrafo, é o curador da Mostra e estará presente ao evento, sendo a primeira vez que ele vai à cidade. Personalidades como Fernanda Montenegro, Regina Casé, Cristiane Torloni, Carla Camurati, Regina Braga, Lucélia Santos, Ruth Escobar, Denise Dumont, Andy Warhol, Rod Stewart, entre tantas outras, foram retratadas na Mostra.
Regina Casé fotografada por Vania Toledo
Vania Toledo
Quem foi Vania Toledo
Autodidata, Vania Toledo formou-se em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). O ofício da fotografia em sua carreira surgiu a partir de seu convívio com atores em 1970, ao fotografar a peça “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal. Algum tempo depois, começou a fotografar profissionalmente em 1978, no jornal Aqui São Paulo. Por lá, junto do dramaturgo Antonio Bivar, foi responsável por colunas de estreias e festas e assumiu, em seguida, o cargo de editora de fotografia do Jornal. Em 1981, abriu seu próprio estúdio de trabalho. Na mesma época, passou a colaborar com diferentes jornais e revistas do Brasil e do exterior, como Vogue, Interview, Claudia, Veja, IstoÉ, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Time, Life. Indo além, produziu capas de livros e de discos e calendários.
Vania Toledo fotografada por seu filho, Juliano Toledo
Juliano Toledo
A obra de Vania destaca-se pelos retratos de artistas e pela predominância das imagens em preto e branco. Rostos, corpos, nus e personagens nos palcos teatrais são seus temas principais. Seu trabalho com as fotografias passou a ser consagrado no cenário cultural brasileiro desde o fim da década de 1960. Ao longo de sua carreira, foi laureada com o Prêmio Excelência Gráfica, concedido pela Associação Brasileira de Técnicos Gráficos – ABTG –, e o Prêmio de Melhor do Ano de 1993 da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA. Vania também publicou dois livros: “Vania Toledo”, em 1996, e “Salomé”, em 1997.