6 de outubro de 2024

Florada do café: beleza e perfume refletem cuidados dos produtores com a lavoura

Neste ano, o Paraná deve produzir 700 mil sacas de café. Florada do café: beleza e perfume refletem cuidados de produtores com a lavoura
O perfume da florada do café não lembra o cheiro da bebida. A flor do grão exala um aroma suave, que se assemelha ao do jasmim. Um prato cheio para as abelhas.
“É o reflexo do que a gente vem cuidando, do capricho que a gente tem. E é um espetáculo”, conta o produtor rural Thadeu Batista.
Batista cultiva 10 mil pés de café em dois hectares no município de Londrina, no norte do estado. Todos os anos, sempre nesta época, o produtor aguarda com expectativa o florescimento do cafeeiro.
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Mas a beleza não é garantia de produtividade. Ainda que o clima daqui para frente seja aliado, as plantas precisam de alimento para que as flores se transformem em grãos sadios.
“A florada garante a produção. Mas, para você produzir, além da água da chuva, precisa adubar” conta o coordenador estadual de café do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Romeu Gair.
Ele explica ainda que os tratos culturais precisam ser feitos com frequência. No caso da adubação, são pelo menos quatro passadas até a colheita, prevista para junho ou julho do ano que vem.
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Valorização
O preço do café tem crescido consideravelmente nos últimos meses. Segundo Gair, a saca do grão tem sido comercializada a R$ 1.400, um aumento de R$ 600 em relação ao ano passado.
“O café é uma commoditie, então o preço é o mercado mundial. Depende de outros países que também produzem, mas a gente tá tendo uma escassez de café no mundo. Então isso tá fazendo com que o produtor receba um preço maior e isso tá sendo repassado para o mercado”, explicou.
Neste ano, o Paraná deve produzir 700 mil sacas de café em 28 mil hectares.
Apesar de os números serem altos, o estado está longe do que lidera a produção cafeeira. Em Minas Gerais, a estimativa é de que sejam colhidas 30 milhões de sacas em 2024.
As previsões de seca nas principais regiões produtoras de todo o mundo, incluindo o Brasil, apontam para colheitas mais modestas.
Para pequenos produtores como Thadeu Batista, o café rende mais do que muitas outras culturas neste momento de valorização. Por isso, ele vai ampliar a área em até 50% para receber, em breve, mais 7 mil plantas.
“Tivemos uma geada em 2021 que derrubou a gente. Mas, reformamos novamente e hoje tá aqui bonita a lavoura e ano que vem vamos ampliar para dentro de casa”, garante.
Florada de café é parte importante na produção do Paraná
RPC/Caminhos do Campo
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