26 de setembro de 2024

Focos de incêndio no Pantanal de MS estão controlados, mas bombeiros seguem em alerta

Conforme os militares, a chegada da frente fria trouxe chuvas que ajudaram no controle das chamas, mas as rajadas de vento podem provocar novos focos. Brigadista durante combate a incêndio subterrâneo
Jornal Nacional/ Reprodução
Os focos de incêndio no Pantanal Sul-Mato-Grossense estão controlados nesta quinta-feira (26), conforme relato dos militares que atuam nas bases avançadas. Isto ocorre graças à entrada de uma frente fria que trouxe chuvas para a região. Mas, a equipe permanece em estado de alerta porque há focos ativos no estado vizinho.
Conforme o Chefe de Operações da Operação Pantanal, Capitão Pedrozo, uma das áreas que ainda causa preocupação é conhecida como Pantanal de Barão de Melgaço, em Mato Grosso, onde, segundo os militares, não há confirmações de chuvas.
Três guarnições do Corpo de Bombeiros de MS estão monitorando essa área a partir das bases avançadas no Pantanal dos Paiaguás. Além disso, há equipes na região de transição do Pantanal com o Cerrado, na Serra de Maracaju, que fica entre Cipolândia e Itabô, em Aquidauana.
Pedrozo informou ainda que outras guarnições estão combatendo incêndios na região de Serra, no Cerrado de Rio Verde de Mato Grosso, e em Paranaíba, também no Cerrado. Segundo ele, todos esses focos são motivo preocupação para os militares.
“Isso em razão da grande possibilidade de mudança de direção de vento, de rajadas de vento na região, que podem chegar entre 50 e talvez até 60 km por hora, mudando de direção, além das altas temperaturas que são características e vêm sendo observadas nos últimos dias”, disse.
Pantanal em chamas
O número de focos de incêndio registrados no bioma do início do ano até o momento foi de 11.485, mais que o dobro do total registrado no ano passado, quando foram 6.580, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Pesquisa da World Weather Attribution (WWA) chegou à conclusão de que as mudanças climáticas provocadas pela ação humana fizeram o Pantanal ficar mais quente, extremamente seco e com recorrência maior de rajadas de ventos. A combinação entre os três fatores, potencializou os incêndios que ocorrem no bioma este ano.
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