Projeto “Samba com as Mãos”, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, promove inclusão em uma área do Sambódromo do Anhembi. Pessoas com deficiência visual têm acesso a espaços acessíveis no Sambódromo
Zilma Helena Pinto, de 60 anos, é moradora de Guarulhos, Grande SP, e tem deficiência visual desde criança. Nunca havia ido ao Sambódromo do Anhembi, mas neste ano conseguiu prestigiar os desfiles das escolas de samba através do projeto “Samba com as Mãos” da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência.
A ação promove inclusão e acessibilidade para deficientes visuais, auditivos e físicos em um espaço no camarote da prefeitura. A entrada para pessoas com deficiência é gratuita.
“É de arrepiar. Estou muito feliz de poder participar. Estou ouvindo neste momento no meu fone sobre um carro que tem olhos. Estou amando muito. É demais”, afirmou Zilma.
Os enredos das escolas são interpretados em libras em um telão para os deficientes auditivos e também há audiodescrição de tudo que acontece na avenida para os cegos. São dois audiodescritores por noite de desfile.
Benedito Lucas, de 66 anos, também tem deficiência visual e estava animado com o fone por ouvir a audiodescrição.
“Isso nos faz ficarmos incluídos nessa grande festa. Eu tinha baixa visão, mas em 2020 perdi totalmente. Ouvir a bateria é incrível. E ouvir o que está acontecendo, mais ainda”, disse.
O projeto é desenvolvido pela prefeitura por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência em parceria com a Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP).
Eduardo Neves de Sobral, de 40 anos, mora em Mauá. Ao g1, com ajuda de uma intérprete em libras, ele contou que perdeu audição aos 6 anos.
“Sensacional participar do carnaval e ter intérprete para nos ajudar”, afirmou.
Zilma Helena Pinto e Benedito Lucas têm deficiência visual e acompanham os desfiles do Sambódromo na sala do projeto “Samba com as Mãos
Paola Patriarca/g1
Benedito Lucas, que tem deficiência visual, acompanha os desfiles do Sambódromo pela sala do projeto “Samba com as Mãos
Paola Patriarca/g1
Eduardo Sobral, que tem deficiência auditiva e acompanha os desfiles do Anhembi na sala do Projeto “Samba com as Mãos”
Paola Patriarca/g1