16 de novembro de 2024

Foragido de Rondônia é suspeito de envolvimento no desaparecimento de idosa de 87 anos no interior de Roraima


José Martins Pereira Primo, de 57 anos, é acusado de estupro em Rondônia e responde a três investigações em Roraima: cárcere privado da própria companheira, uma idosa, de 72 anos, de estuprar a neta dela, de 9 anos, e de envolvimento no desaparecimento de Maria Madalena Viana, de 87 anos. Maria Madalena Viana, de 87 anos, desapareceu no dia 25 de agosto de 2023
Arquivo Pessoal
O foragido da Justiça de Rondônia José Martins Pereira Primo, de 57 anos, é investigado por suspeita de envolvimento no desaparecimento da idosa Maria Madalena Viana, de 87 anos, em Rorainópolis, no Sul de Roraima. Ela está sumida há 1 ano e três meses.
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José Martins Pereira Primo foi preso porque contra ele havia um mandado de prisão por estupro que ele cometeu em Candeias do Jamari, no interior de Rondônia. Em Roraima, ele é investigado por três crimes:
Manter uma idosa, de 72 anos, com quem se relacionava, em cárcere privado, sem contato com a família;
Estuprar uma menina, de 9 anos, neta da idosa com quem se relacionava;
Envolvimento no desaparecimento da idosa Maria Madalena Viana.
Maria Madalena Viana desapareceu no dia 25 de agosto de 2023, uma sexta-feira. Ela morava na vila do Equador, em Rorainópolis, quando por volta das 13h30 saiu de casa para ir até a casa do sobrinho, que morava próximo e não foi mais vista. Ela sofre de Alzheimer, mas era acostumada a fazer o percurso, segundo a família.
De acordo com a Polícia Civil, à medida que as investigações sobre o cárcere e estupro avançaram, também foi identificado que José Martins teve contato com a idosa Maria Madalena na época em que ela sumiu. Agora, investigadores tentam descobrir se ele teve relação com o sumiço dela.
“Identificamos testemunhas que viram o acusado várias vezes conversando com a idosa Maria Madalena e que depois do desaparecimento dela, ele não foi mais visto na região. Ao ser interrogado ele negou ter morado na Vila do Equador, o que já é suspeito tendo em vista as declarações dessas testemunhas”, disse o delegado responsável pela investigação em Rorainópolis, Rick Silva.
A família de Maria Madalena, que busca por respostas sobre o que acontece neste 1 ano e três meses, agora está esperançosa sobre um possível desfecho. Maria Madalena é mãe de quatro filho e criou três netos.
“Ficamos esperançosos com isso, sabemos que não é algo concreto, mas é algo que a investigação vai dizer. Todas as informações que recebemos leva a esse suspeito, pois sabemos que ele já foi morador daqui de onde moramos e que ele conhecia minha vó. Essa notícia nos leva a ver uma luz no fim do túnel, esperamos que a investigação nos traga boas notícias”, disse ao g1 o neto da idosa, Samuel Alho de Oliveira, que acompanha os desdobramentos da investigação.
Outros crimes
No caso em que mantinha a própria companheira, de 72 anos, em cárcere, José Martins a levou para morar em um sítio na região de Presidente Figueiredo, no Amazonas. A família dela mora no município de São João da Baliza, em Roraima.
Ela, segundo a polícia, deixou de fazer contato com os familiares que registraram boletim de ocorrência na Delegacia de São João da Baliza alegando sequestro e cárcere privado, além de manifestarem receio de que a idosa estivesse sendo vítima de crime de maus-tratos.
Na Delegacia de São João da Baliza foi instaurado inquérito policial. “Ele saiu de Baliza e foi morar em um sítio, em Presidente Figueiredo, no Amazonas, com a idosa. Nesse período ela fez uma procuração para ele administrar os proventos dela. A Polícia Civil em Baliza investigava o possível sequestro da idosa e, em Rorainópolis, investigávamos a acusação do estupro contra a criança [neta da companheira, praticada por ele”, disse o delegado.
O delegado disse ainda que com a prisão de José Martins acredita que outros crimes relacionados a ele podem ser descobertos. “Vamos comunicar a Justiça de Rondônia sobre o cumprimento do mandado de prisão contra ele aqui em Rorainópolis”, disse o delegado.
As investigações seguem em andamento. O investigado deve ser levado à audiência de custódia.
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