Procurado foi encontrado em Cedral, na região de São José do Rio Preto. Advogado diz que ele já estava negociando com a Polícia Civil para se entregar. DIG de Americana, responsável pelas investigações
Pedro Santana/EPTV
O empresário Rogério Luis Stoque, de 42 anos, dono da imobiliária suspeita de aplicar golpes em Americana (SP), foi preso pela Polícia Militar nesta sexta-feira (8). Ele estava foragido da Justiça desde o final de fevereiro, quando a Justiça decretou a prisão preventiva dele por estelionato.
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Segundo a Polícia Civil, Stoque foi abordado e preso por policiais militares em Cedral (SP) após “apresentar nervosismo e tentar fugir dos agentes”. O carro que ele estava, um Ford Ka Prata, tinha indícios de adulteração e queixa de roubo em São Paulo (SP).
Por isso, além do mandado de prisão preventiva pelo caso de Americana, o empresário também vai responder pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Ele passou por audiência de custódia neste sábado (9) e teve a prisão mantida pela Justiça.
À EPTV, afiliada da Globo, o advogado de defesa de Stoque, Demetrio Orfali, disse que o empresário já estava negociando com a Polícia Civil para se apresentar voluntariamente e disse que só conseguiria passar um posicionamento na segunda-feira, quando tiver acesso ao cliente.
Justiça manda prender três suspeitos de aplicar golpes em imobiliária de Americana
Liberdade revogada
Stoque e dois funcionários chegaram a ter a liberdade provisória concedida, mas depois a Justiça revogou a decretou a prisão preventiva do trio. Os outros dois suspeitos, de 24 e 43 anos, auxiliares administrativos da imobiliária, já estavam presos. Eles são investigados por estelionato e associação criminosa.
Advogado diz que não houve golpe
Em nota para a EPTV, afiliada da TV Globo, à época da decretação da prisão, o advogado de defesa Demétrio Orfali Filho afirma que o cliente não cometeu crime de estelionato, mas que houve uma má administração financeira da empresa que “acarretou no não cumprimento de obrigações contraídas com os clientes, através de contratos ou distratos não cumpridos”.
Ainda de acordo com a defesa, o empresário atua no ramo imobiliário há cerca de vinte anos com duas empresas, sendo uma delas a Brasil Imobiliária, alvo das investigações. Em relação às suspeitas de golpe, a nota afirma que “se tratam de um ilícito civil e não crime, pois não estão presentes os requisitos que caracterizam o estelionato”.
A advogada responsável pela defesa de um dos auxiliares suspeitos de integrar o esquema informou que vai entrar com um novo pedido de liberdade provisória. A EPTV, afiliada da TV Globo, não conseguiu contactar a defesa dos outros dois funcionários investigados.
Pistola e munições apreendidas com homem preso suspeito de estelionato em Americana (SP)
DIG/Divulgação
Suspeita de estelionato
O trio foi preso em 5 de fevereiro após a denúncia de um cliente que suspeitou que a empresa estava anunciando a venda de imóvel sem o conhecimento do proprietário. De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o cliente que fez a denúncia procurou a polícia após suspeitar da postura do vendedor durante as negociações.
O cliente daria um carro como parte do pagamento e, diante da suspeita, decidiu procurar o proprietário do imóvel por meio do registro em cartório. Ao ser contactado, o verdadeiro dono do imóvel disse não saber nada sobre a transação e que o valor repassado ao homem estava bem abaixo das pretensões deles.
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