1 de outubro de 2024

Forças Armadas de Israel anunciam que soldados entraram no Líbano

Movimento pode ser o início de ofensiva maior. Israel prepara invasão terrestre em grande escala
Foto: Reprodução/TV Globo
A invasão de tanques de guerra de Israel no Líbano parece iminente.
Contrariando os apelos da comunidade internacional, o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que a nova fase do conflito começará em breve.
O porta-voz do departamento de Estado americano confirmou: as tropas de Israel já entraram no país vizinho. Por enquanto, fazem operações limitadas contra a infraestrutura do Hezbollah.
Fontes americanas afirmam que o governo israelense avisou que será dentro de algumas horas.
Segundo autoridades israelenses ouvidas pelo jornal The New York Times, as incursões começaram há dias, para preparar uma invasão mais ampla e identificar os túneis do grupo paramilitar xiita.
Em meio às tensões, uma fonte do governo do Líbano disse à agência de notícias Reuters que o exército libanês se afastou hoje da fronteira.
O número dois do Hezbollah falou que os extremistas estão prontos para uma ofensiva israelense.
Ele disse ainda que nomeará um novo chefe, para substituir Hassan Nasralah, morto há três dias num ataque à capital libanesa, Beirute.
Na madrugada desta segunda-feira (30), Israel fez o primeiro bombardeio na região central da cidade em quase 20 anos.
No conflito atual, o pânico se espalhou por essa rua. Quando o prédio residencial foi atingido por um ataque aéreo israelense, testemunhas oculares descreveram corpos espalhados no lado de fora.
A Frente Popular para a Libertação da Palestina, grupo acusado de atos terroristas, disse que três de seus homens morreram ali.
O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que mais de 1.000 libaneses morreram e 6.000 ficaram feridos nas últimas duas semanas.
Segundo o governo, um milhão de pessoas — um quinto da população — fugiu de suas casas.
Famílias desalojadas do sul buscaram refúgio nas ruas de Sidon, pondo colchões no chão e os pertences ao lado delas.
No sul do país, um bombardeio israelense matou o comandante do grupo terrorista Hamas responsável pela relação com o Hezbollah.
Outro ataque aéreo matou um soldado do exército libanês, o primeiro morto neste conflito.
Temendo que a crise se agrave, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, foi a Beirute.
Nesta segunda-feira, novamente pediu a Israel para não invadir o Líbano, acrescentando que a França aumentará seu apoio ao exército libanês.
Os apelos do governo francês e a tensão na fronteira repercutiram no continente europeu. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, alertou contra novas intervenções militares no Líbano e afirmou que a soberania do país deve ser respeitada.
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