11 de janeiro de 2025

Forças Armadas distribuem doações pelo ar a cidadãos que ainda estão isolados no RS

O Jornal Nacional acompanhou a distribuição de donativos no estado. JN acompanha a distribuição de donativos em áreas isoladas do Rio Grande do Sul
Para chegar até comunidades ainda isoladas no sul do Rio Grande do Sul, só pelo ar. Uma equipe do Jornal Nacional acompanhou a distribuição de donativos pelas Forças Armadas.
O helicóptero do Exército decolou nesta sexta-feira (7) cedo da Base Aérea de Canoas em direção a uma comunidade isolada em Pelotas, no sul do estado, a pouco mais de 200 km de distância.
As missões de distribuição aérea de doações começam com uma equipe de militares que vai antes até o local para sinalizar e coordenar o ponto exato em que o avião que vai depois vai lançar essa carga. E é essa equipe que o Jornal Nacional acompanhou. Cruzamos uma parte do Guaíba e, depois, fomos margeando a Lagoa dos Patos. Uma hora depois, pousamos.
Os militares são da Companhia de Precursores e Paraquedistas do Exército, do Rio de Janeiro. Assim que desembarcaram, eles seguiram para a área escolhida para o lançamento.
“A gente teve que chegar de helicóptero, reconhecer a zona de lançamento, verificar se ela está em condições e, depois, a gente vai marcar essa posição, enviar as coordenadas para o piloto e dar a luz verde para eles decolarem e virem lançar aqui. Quando estiverem aqui, a gente vai estar marcando a posição com alguns painéis para ele lançar exatamente onde a gente precisa que caia a carga”, explica o tenente Otavio Manso.
Área marcada. E, em pouco tempo, o avião da FAB chega e começam os lançamentos. São quase cinco toneladas de comida e água embaladas em caixas gigantes. Depois, a carga vai de caminhão para uma base da Defesa Civil na colônia de Pescadores Z3, a 2 km de distância.
A Vila da Galateia fica entre a BR-116 e a Colônia Z3, uma colônia de pescadores em Pelotas. Os moradores de lá dizem que estão isolados, não tem como ir nem para um lado e nem para o outro. E é por isso que uma ajuda é muito importante.
“A gente também precisa, indiretamente, a gente foi prejudicado também por causa estrada”, diz a dona de casa Cibele Falke.
A dona de casa Tatieli Alves de Quevedo conta que há mais de um mês as famílias não conseguem sair dali.
“Para cá, para o lado da represa, não tem como passar porque tem um buracão ali, não tem a ponte, não tem como ir em uma farmácia, em um posto de saúde, não tem acesso ao mercado, não tem acesso a nada. A gente está só nas casas”, conta.
Essa sensação só não é maior graças à ajuda que vem de fora – e pelo ar.

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