Exposição gratuita reflete sobre impacto da exploração predatória e outros caminhos possíveis. Coletiva traz ainda agenda de debates. Obra do Coletivo Kujỹ Ete Marytykwa’awa
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A exposição “Paisagens Mineradas: Marcas no Corpo-Território” ocupa o espaço da Associação Fotoativa, em Belém, a partir desta quinta-feira (5), Dia da Amazônia, até 5 de outubro. O projeto reúne onze artistas mulheres cujas obras e subjetividades se conectam nas reflexões sobre relação entre memória, corpo e paisagem em um contexto exploratório. Além disso, haverá uma agenda de abertura, com exibição de filmes e debates relacionados ao tema. A entrada a franca.
Pinturas, gravuras, videoarte, instalações e fotografias fazem a tessitura dessas paisagens, onde cabem denúncias, imagens impactantes, dores e também delicadezas, em um misto de manifesto, memória e oração especialmente importantes, neste momento em que Belém está prestes a receber pessoas de todo o mundo para refletir sobre meio ambiente, durante a COP 30, a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.
Obra de Júlia Pontes
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Participam da mostra as artistas Isadora Canela, que também é curadora da mostra, Julia Pontés, Shirley Krenak, Beá Meira, Luana Vitra, Isis Medeiros, Mari de Sá, Lis Haddad, Silvia Noronha. Do Pará, estão presentes na mostra as artistas Murapijawa Assurini (lê-se Murapidjiáva assuriní), do Coletivo Kujỹ Ete Marytykwa’awa, e Keyla Sobral.
Sob o olhar dessas mulheres, “Paisagens Mineradas” pensa sobre a onipresença da mineração na vida contemporânea – no celular, computador, no trem, no carro… –, mas também sobre a paisagem adoecida pela lógica da mercantilização da Terra e da vida.
Obra de Lis Haddad
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Programação paralela
Como parte da programação de abertura da mostra, entre os dias 5 e 7 de setembro, as artistas Beá Meira, Isis Medeiros, Lis Haddad e Mari de Sá vão estar em Belém, conversando com o público sobre seus trabalhos. Haverá ainda exibição de filmes, performance artística e rodas de conversa sobre temas como “Greenwashing”. A jornalista Cristina Serra é um dos nomes confirmados nesta programação.
A exposição é uma realização do Instituto Camila e Luiz Taliberti, ONG voltada para ações educativas e culturais sobre sustentabilidade ambiental, criada para homenagear os irmãos Camila e Luiz, vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 2019.
Em Belém, o evento tem a parceria da Associação Fotoativa, Kujỹ Ete Marytykwa’awa – Coletivo de Mulheres da Família Marytykwa’awa, Instituto Janeraka, Constelar Ancestral – Rede Cocriativa entre Povos da Floresta, Herbário da UFPA, e apoios da Apiência Ambiental, Instituto Cordilheira, Observatório da Mineração e Conectas Direitos Humanos.
Serviço:
Paisagens Mineradas:marcas no corpo-território
Abertura: 5 de setembro de 2024, às 18h.
Visitação: Até 5 de outubro de 2024, de terça a sexta-feira, das 14h às 17h, e sábado, de 9h às 13h.
Onde: Associação Fotoativa (Praça das Mercês, 19, Bairro da Campina – Belém/PA)
Ingressos: gratuitos.