12 de outubro de 2024

Fuad x Engler: quem os candidatos derrotados estão apoiando no 2º turno em Belo Horizonte

Nomes da esquerda já definiram quem vão apoiar, enquanto os de centro e de direita ainda se articulam nos bastidores. Montagem de fotos com Mauro Tramonte (Republicanos), Gabriel (MDB), Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT)
Divulgação
Candidatos derrotados no primeiro turno das eleições de 2024 vêm se articulando para definir os acordos na segunda rodada da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. A esquerda já definiu quem vai apoiar, enquanto os nomes de centro e de direita ainda se articulam nos bastidores.
Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) vão disputar o segundo turno no próximo dia 27. Eles terminaram o 1º turno com 34,38% e 26,54% dos votos válidos, respectivamente, e agora precisam mirar em eleitores que optaram por outras candidaturas no último dia 6 para conquistar maioria.
A primeira pesquisa Datafolha deste segundo turno, divulgada em 10 de outubro, mostra Fuad Noman com 48% das intenções de voto e Engler com 41%.
Confira, abaixo, as posições neste segundo de cada candidato derrotado:
Mauro Tramonte
Gabriel Azevedo
Duda Salabert e Rogério Correia
Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL), que disputam o segundo turno na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Divulgação/Campanha Fuad Noman + Lucas Mendes/Campanha Bruno Engler
Mauro Tramonte (Republicanos)
Tramonte terminou a disputa em terceiro lugar, com 15,22% dos votos válidos. Segundo a pesquisa Datafolha, até o momento, 46% dos eleitores dele pretendem votar em Fuad, enquanto 36%, em Engler.
Ainda não há uma definição formal sobre quem Tramonte apoiará no segundo turno. Apesar disso, o partido dele, o Republicanos, tenta costurar um acordo com o PL para apoiar Engler formalmente.
O presidente estadual do Republicanos, o deputado federal Euclydes Pettersen, se reuniu nesta semana com nomes do PL, como Domingos Sávio, presidente da legenda em Minas Gerais, e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, maior liderança do partido, para tentar chegar a um acordo.
Segundo Pettersen, já houve acordo entre as duas legendas em âmbito estadual e federal. Agora, falta uma definição entre o Republicanos e o PL municipais de Belo Horizonte.
Alguns interlocutores afirmam que o próprio Tramonte estaria resistindo a apoiar Engler — durante a campanha do primeiro turno, o apresentador tentou se descolar da polarização entre Lula e Bolsonaro ou PT e PL.
Presidente estadual do Republicanos em MG, Euclydes Pettersen, em reuniões com o presidente estadual do PL em MG, Domingos Sávio, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o senador Cleitinho (Republicanos) para tratar, entre outros assuntos, sobre o segundo turno em Belo Horizonte.
Divulgação
Gabriel Azevedo (MDB)
Gabriel ficou em quarto lugar, com 10,55% dos votos válidos. De acordo com a pesquisa Datafolha, até o momento, 49% dos eleitores dele pretendem votar em Fuad, enquanto 39%, em Engler.
O apoio do atual presidente da Câmara de BH está sendo cortejado por ambas as campanhas, mas principalmente pela de Engler — Gabriel é crítico do atual prefeito desde o início do mandato.
Oficialmente, em nota, Gabriel diz “estar dialogando” e que “todo processo precisa ser muito conversado”. Afirmou, ainda, estar satisfeito com o reconhecimento de ambas as campanhas que o parabenizaram pela forma de conduzir a campanha.
Gabriel deve se reunir com o presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi, e outros nomes nacionais do partido para discutir os possíveis apoios no segundo turno. Ainda não há definições formais.
Interlocutores afirmam que a tendência é que Gabriel mantenha a neutralidade. Durante a campanha, o presidente da Câmara de BH não poupou críticas a nenhum dos dois postulantes que disputam o segundo turno.
Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT)
Duda terminou a disputa em quinto lugar, com 7,68% dos votos válidos. Segundo a pesquisa Datafolha, até o momento, 79% dos eleitores dele pretendem votar em Fuad, enquanto 7%, em Engler.
Após duras críticas a Fuad durante a campanha, Salabert divulgou nesta quinta-feira (10) uma nota de apoio ao atual prefeito como forma de “vencer a ultradireita”.
Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, 32% dos eleitores de Noman no 2º turno dizem que pretendem votar nele, principalmente, para derrotar Engler. Já entre os eleitores do candidato do PL, 10% o escolheram porque não querem que o atual prefeito vença.
Duda apresentou cinco propostas para Fuad incorporar ao plano de governo dele. A campanha do atual prefeito ainda não confirmou se vai aderir aos programas sugeridos pela deputada.
O partido dela, o PDT, já havia sinalizado o apoio a Fuad antes mesmo da candidata. Outras legendas do campo da esquerda também já declararam estar com o atual prefeito neste segundo turno.
Rogério Correia, que foi candidato do PT à Prefeitura, foi o primeiro a declarar apoio publicamente a Fuad, também como forma de derrotar Engler, em entrevista coletiva na terça-feira (8). O petista terminou com o primeiro turno com 4,37% dos votos válidos, em sexto lugar.
Além do PT, o PSOL e a Rede também declaram apoio ao atual prefeito — alguns nomes da Rede, inclusive, já estavam com Fuad desde o primeiro turno. Paulo Lamac, um dos principais nomes do partido, era Secretário Municipal de Comunicação e e Assuntos Institucionais da PBH e deixou o cargo nesta semana para se dedicar integralmente à campanha à reeleição.
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