16 de janeiro de 2025

Funcionário de Câmara entra em esquema de desvio de verbas para pagar dívida de jogos eletrônicos, diz polícia


Suspeito utilizava contas de laranjas para movimentar dinheiro público. Ele confessou o crime e chegou a devolver R$ 32 mil, segundo a Polícia Civil. Câmara Municipal de Araguanã
Google Street View/ Reprodução
O secretário geral e tesoureiro da Câmara Municipal de Araguanã, no norte do Tocantins, é suspeito de movimentar R$ 800 mil entre a conta bancária do ente público e a sua própria conta. O desvio de verba teria sido feito para pagar dívidas de jogos eletrônicos pelas quais o homem estava sendo ameaçado de morte.
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De acordo com a Polícia Civil, o esquema funcionava com o uso de contas de terceiros, selecionados pelo investigado. O secretário realizava a transferência da conta da Câmara para um laranja que devolvia a transferência em troca de uma comissão.
O suspeito chegou a confessar o crime e assumir o compromisso de devolver o dinheiro. Ele assinou um documento com a confissão e restituiu R$ 32 mil à conta da Câmara.
O nome do investigado não foi divulgado, por isso o g1 não teve acesso à sua defesa. A reportagem entrou em contato com a Câmara Municipal de Araguanã, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Conforme o delegado Gilmar Silva de Oliveira, a quebra do sigilo bancário revelou que o secretário movimentou R$ 800 mil somente em 2023. O valor pode ser ainda maior, pois não se sabe a quantia exata que foi movimentada através das contas de terceiros.
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Ainda segundo o delegado, o presidente da Câmara Municipal de Araguanã chegou a tomar medidas legais quando descobriu o caso. O servidor foi suspenso e as senhas de algumas contas foram alteradas. Mas teria negligenciado outros cuidados com as contas da entidade.
“Apesar de ter suspendido o servidor e mudado as senhas, ele ainda o deixou realizando os agendamentos de pagamento, sendo que deveria ter afastado totalmente o servidor até a conclusão do processo disciplinar instaurado. Essa conduta criou condições favoráveis para que o suspeito continuasse a praticar os desvios”, explicou.
Foi solicitado o bloqueio dos bens do secretário, conforme prevê a legislação em casos de prejuízo aos cofres públicos. O inquérito policial foi instaurado em 2024 e concluído nesta quarta-feira (15), e será encaminhado ao Poder Judiciário.
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