Caso aconteceu há exatamente um mês. Paralisação nesta quinta-feira (15) já terminou e cobrou transparência da empresa na investigação do acidente. Funcionários da Novelis de Pindamonhangaba fazem paralisação após trabalhador morrer na fábrica
Guilherme Moura/Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba
Funcionários da Novelis de Pindamonhangaba atrasaram o início do trabalho na manhã desta quinta-feira (15) para cobrar transparência da empresa em relação à investigação do caso do trabalhador que morreu em um acidente na fábrica, há exatamente um mês.
O caso aconteceu no dia 15 de julho. O funcionário tinha 27 anos e morreu após sofrer um acidente enquanto realizava a manutenção de um veículo que transportava bobinas de alumínio – leia mais detalhes abaixo.
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De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, a paralisação vai se repetir nos próximos turnos do dia e tem como objetivo denunciar uma série de problemas sobre o caso.
A associação afirmou que, no dia do acidente, a empresa havia se comprometido a permitir a participação de representantes da entidade nas investigações e a não utilizar mais o veículo envolvido no caso.
“Tivemos que brigar para que esse veículo e os outros quatro do mesmo modelo fossem interditados e temos denúncias de que houve movimentação. Teve a visita do fabricante e o sindicato não pôde acompanhar”, afirma o presidente André Oliveira.
Ainda segundo o sindicato que representa a categoria, funcionários denunciam que esses veículos apresentam pane elétrica com frequência.
“A manutenção elétrica era acionada várias vezes por dia para reiniciar o sistema e isso já tinha virado rotina. Além de sugestões e pedidos dos trabalhadores para melhoria do sistema que foram ignorados”, reclama Oliveira.
Funcionários da Novelis de Pindamonhangaba fazem paralisação após trabalhador morrer na fábrica
Guilherme Moura/Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba
Além disso, a paralisação desta quinta-feira (15) também teve como objetivo criticar jornadas de trabalho excessivas e mobilizar pela Campanha Salarial.
Procurada pela reportagem da TV Vanguarda, a Novelis confirmou a ação dos trabalhadores e que houve “breve” bloqueio na entrada da fábrica, mas que o protesto “não resultou em interrupção do funcionamento da fábrica”.
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A empresa afirmou ainda que lamenta o acidente fatal do último mês e que segue dando apoio à família da vítima, além de colaborar com as investigações.
“A Novelis respeita as atividades das entidades de classe e preza pelo diálogo transparente entre as partes. A empresa tem a segurança de seus profissionais como prioridade absoluta e opera de acordo com as normas vigentes” afirmou a empresa.
A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega cerca de 1,5 mil trabalhadores em Pindamonhangaba.
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Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos
Acidente
Um homem de 27 anos morreu após sofrer um acidente de trabalho dentro da fábrica da Novelis, em Pindamonhangaba, no dia 15 de julho. A informação foi confirmada pela empresa e pelo Sindicato dos Metalúrgicos da cidade.
Segundo o sindicato, a vítima trabalhava como técnico de manutenção e sofreu o acidente no setor de laminação a frio. Trabalhadores relatam que o funcionário realizava a manutenção de um veículo que transportava bobinas de alumínio quando sofreu o acidente.
O homem chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A Polícia Militar e a Polícia Civil foram acionadas e a área isolada para trabalho da perícia. O caso foi registrado como morte acidental.
Na ocasião, a Novelis informou que “lamenta profundamente o ocorrido” e que está prestando “solidariedade e assistência à família do profissional”.
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