Vídeos mostram mofo, fiação exposta, móveis empilhados e até esgoto onde profissionais da manutenção comem. Funcionários do Hospital Municipal Souza Aguiar relatam banheiros e refeitório em condições precárias
Funcionários da manutenção do Hospital Municipal Souza Aguiar, a maior emergência do Centro do Rio de Janeiro, relatam condições precárias no refeitório e em banheiros destinados à equipe.
De acordo com denúncias recebidas pelo Bom Dia Rio, uma oficina no subsolo está sendo usada como refeitório. No local, há um vazamento de esgoto e infestação de ratos. Os dejetos são despejados no mesmo espaço em que as pessoas fazem as refeições.
“Água de esgoto. É o nosso local de trabalho. É o local onde a gente almoça, toma café, tira o nosso descanso. Nossa geladeira, nossa estufa, micro-ondas. É a nossa área de lazer. O nosso refeitório é aqui”, aponta um servente.
Imagens mostram ainda que o banheiro disponibilizado para os funcionários da manutenção está repleto de mofo, com fiação exposta, teto solto, azulejos soltos, e ralos abertos, sem quaisquer condições de uso.
Segundo as denúncias, a situação começou há cerca de 2 meses, quando um trabalhador reclamou da estrutura de um outro refeitório, também usado pela equipe de manutenção. Esse funcionário teria sido demitido por justa causa, e o refeitório, interditado.
Na sequência, a equipe de manutenção foi orientada a fazer as refeições na oficina. Uma pessoa com cargo de chefia levou itens como micro-ondas e geladeira para o espaço.
De acordo com os serventes, médicos e outros profissionais de saúde têm um outro refeitório disponível, mas o local, segundo relatos, só pode ser acessado após informar o CPF.
Área para serventes do Souza Aguiar
Reprodução/TV Globo
O que diz a prefeitura
Em nota, a direção do Hospital Municipal Souza Aguiar informou que a unidade “está passando por uma grande reforma”.
“No momento, estão sendo realizadas várias manutenções corretivas para deixar os espaços coletivos em condições de uso”, disse.
“O hospital conta com banheiros abertos e disponíveis em todos os andares e um refeitório destinado a acompanhantes de pacientes internados e servidores municipais que não recebem auxílio-alimentação. Os demais funcionários, admitidos por outros regimes de contratação, recebem o auxílio para que possam se alimentar fora das dependências do hospital”, prosseguiu.
“Sobre o relato de demissão do funcionário após denúncia das condições do subsolo, a direção informa que não tem conhecimento sobre a ocorrência, e que notificará a empresa contratante para que preste os devidos esclarecimentos em até 24 horas”, emendou.