27 de dezembro de 2024

Funk paulista tem batidas diferentes por regiões de SP e reconhecimento internacional: ‘não é coisa de drogado, bandido, é arte’

DJs e produtores das zonas Sul e Norte de São Paulo estão chamando atenção pela produção dos ritmos ‘ritmado’ e ‘bruxaria’. Bruxaria e Ritmada: entenda as diferenças entre os ritmos de SP
Os bailes funks da cidade de São Paulo viraram uma verdadeira indústria musical: são milhares de DJs que surgem, estúdios sendo criados e cada região alimenta um estilo musical predominante.
Na Zona Sul, por exemplo, o ritmo é a bruxaria, já na Norte – tem a ritmada.
Em 2020, no auge da pandemia, para muitos dos jovens DJs que estavam confinados em casa e começaram a produzir funk em larga escala, só uma coisa importava: ouvir suas músicas tocando em um paredão de som nos tradicionais bailes funk.
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Mas além de movimentar a cena musical regional, esses estilos passaram a chamar atenção também fora do Brasil.
“E vocês [imprensa] só aparecem depois que a gente aparece na gringa”, brinca a socióloga Maria Gabriela de Toledo Dayeh, que também é a DJ Dayeh.
Em sentido horário, do topo esquerdo: DJ Dayeh, DJ João Marconex, DJ Lorrayne, MC Bibi Drak e DJ K. Artistas do funk paulista falaram ao g1 sobre diferentes subgêneros em São Paulo
Fábio Tito/g1
As zonas Norte e Sul têm os maiores bailes de rua, como o da Marcone (Norte) e do Helipa (Sul), mas outras regiões da cidade também têm seus ritmos característicos:
Na Zona Leste, o “magrão”, que mistura o funk atual com elementos dos funks antigos;
Na Zona Oeste, o ritmado, com influências de berimbau e sax.
João Marconex, DJ Dayeh e MC Bibi Drak. Artistas de bruxaria e ritmado juntos em SP
Fábio Tito/g1
Ao g1, DJs e especialistas explicam que essa separação se deu devido a fatores culturais, preferências musicais regionais e até mesmo rivalidades entre DJs.
A socióloga Maria Gabriela de Toledo Dayeh, que também é a DJ Dayeh, explica que a “bruxaria” é mais pesada e barulhenta, enquanto o “ritmado” é mais dançante, semelhante ao funk mainstream.
Para entender a diferença do funk da rádio para o funk que toca em baile é importante separar em categorias:
O funk da rádio é o funk mainstream, aquele que é mais aceito pela sociedade – ou seja, Anitta, Ludmilla e Dennis DJ e toda música que domina os serviços de streaming;
O “mandelão” é o funk de baile, criado e explorado por jovens que moram e frequentam as periferias paulistanas e investem em diversas maneiras de transformar o barulho – isso mesmo – em música, além de ser acompanhado por letras mais pesadas. Esse tipo de música, ainda é visto com preconceito.
“O funk de baile está levando Dj pra fazer na Europa cara. Tem gringo produzindo música igual a gente. Isso prova que a gente ta cada vez mais próxima de chegar a nível que a gente nem imagina. A gente sofre o preconceito por ser baile funk, mas estamos fazendo arte. É isso que eu quero que quem não é nosso público veja: estamos para alegrar as pessoas e para mostrar a nossa arte, não é coisa de drogado, bandido, é arte”, afirma Matheus Victorio, o DJ Mavicc, de 22 anos, que toca no Helipa.
O DJ Mavicc começou a produzir funk depois da pandemia. Ele sempre tocou bruxaria, mas, neste ano, está aos poucos migrando para o ritmado.
“Comecei como hobbie no trap, em 2019, mas aos poucos, fui migrando para o funk porque é mais fácil de produzir, é mais sujo, você pega uma coisa ali, uma coisa aqui e fica bom. Com a pandemia, fiquei sem emprego e perdido, sem saber o que fazer. Comecei a produzir música. Naquela época, a gente tinha uns grupos de funk no WhatsApp e jogava lá e alguém pegava e colocava em algum lugar na internet, foi assim que estourou minha primeira música, em 2021”, afirma.

O que toca em cada região?
DJ Dayeh e MC Bibi Drak antes de entrevista ao g1 em um estúdio em São Paulo
Fábio Tito/g1
“Quando você colar no baile do Helipa, da DZ7, por exemplo, você vai estar na casa do funk bruxaria, que é mais pesado, mais barulhento. Quando você vai para a [Zona] Norte, você chega na casa do ritmado, que é mais parecido com o funk mainstream – mais dançante. Os dois ritmos fazem parte do ‘mandelão’ que só toca em baile de favela”, afirma a DJ Dayeh, que só toca bruxaria.
O “pesado” citado pela DJ Dayeh vem do fato de a bruxaria ser mais agressiva, com influências de música eletrônica e elementos de filmes de terror, como gritos e risadas sinistras. As produções são mais experimentais, usando áudio de WhatsApp e sons distorcidos. O DJ K, de Heliópolis, é uma figura central nesse estilo.
Já o ritmado tem batidas curtas e ressonantes que remetem à música das religiões de matriz africana. DJ João Marconex, da Zona Norte, defende a ritmado como mais envolvente e dançante, com letras mais compridas e uma composição sonora mais limpa.
As diferenças regionaispodem ser explicadas por dois fatores:
O local de produção;
A aceitação do público.
Para Thiago de Souza, professor de música clássica e pesquisador de funk pela Universidade de São Paulo (USP), como os DJs já têm uma vivência sobre determinado local, eles exploram os elementos do ritmo que está tocando nos bailes, mas de uma maneira que evolui o som.
“Tudo depende do baile, do contexto. Geralmente, nas produções de funk, uma vai alimentando a outra, mas os DJs seguem as características das suas regiões.Tem bailes em que são DJs da própria região, então é uma coisa mais descompromissada, ele acaba tocando aquilo que produz, onde acontecem criações mais inusitadas. A gente não sabe como exatamente vai criando essa diferença, o fato é que, quando uma pessoa se propõe a fazer uma criação, o outro não faz igual”, afirma Thiago.
Ouça as diferenças entre eles:
DJ Dayeh: Zona Sul
DJ João Marconex: Zona Norte
DJ Vini da ZO: Zona Oeste

“[A “bruxaria”] não é limpinha, bem-produzida. Por uma questão estética, usa áudio do WhatsApp, usa som que a intensidade está bem alta, que distorce a frequência. Lembra várias manifestações do rock, com muita distorção”, afirma Thiago.
No baile do Helipa, o “pai” da bruxaria é o jovem Kaique Alves Vieira, o DJ K, que conversou com o g1 em 2023. “Acho que a maior semelhança dos ritmos é que os dois lados gostam de remixar músicas antigas. Esse negócio de mixagem é apoiado pelos dois lados. A gente pensa que a bruxaria e o ritmado andam juntos nesse sentido. Principalmente na bruxaria, que é muita montagem.”
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No ritmado, como o próprio nome diz, o ritmo ganha mais destaque, e o intuito é fazer quem está no baile dançar. “Não é um ritmo que tem uma ressonância grande, é um som bem curto, estacado, como se fosse um breve ponto rítmico, então essa pouca duração do som faz com que você tenha uma percepção melhor dos pontos rítmicos. Acaba remetendo muito a uma ‘macumba eletrônica'”, compara Thiago.
O professor chama de “macumba eletrônica” justamente pela presença de instrumentos que remetem a sons bem perceptíveis na música das religiões de matriz africana. “A ancestralidade fica muito presente, você ouve a clave, o atabaque do maculelê, elementos do candomblé. É um ritmo com muitos elementos musicais da costa oeste africana, do afrobeat da Nigéria, só que mais agressivo, porque a música de baile é mais agressiva”, afirma.
E, de certa maneira, existe uma relação entre as religiões de matriz africana e a Zona Norte. Segundo a pesquisadora Laíza Santana Oliveira, também da USP, a região Noroeste da cidade, que integra a Norte, na Brasilândia, é tida por historiadores como um dos locais que teve os primeiros terreiros de candomblé da capital.
“No funk da Zona Norte, são batidas de uso de atabaque, por exemplo, que se parecem muito com cantos de terreiros de candomblé. A própria estrutura do funk como um ‘tchutchutchatcha’ também lembra alguns pontos de umbanda, principalmente pela repetição do ritmo. Essas semelhanças têm um fio que conecta o legado das populações africanas que foram trazidas à força para o Brasil por mais de 300 anos”, afirma.
“Vale reforçar que, justamente na região Noroeste da cidade, passaram a morar na região mais de 1.900 famílias negras ao longo do século XX. Justamente quando era produzida uma sociabilidade muito pautada pela música, daí vieram as rodas de jongo, a capoeira, as religiões que foram sendo sincretizadas ao catolicismo, o samba, o pagode e, mais para o fim do século XX, o rap e o funk”. completa.
Como é feita uma bruxaria?
A bruxaria pode ser considerada, atualmente, uma vertente mais experimental do funk. Ela já chegou até ao rapper americano Kanye West, que atualmente adota o nome de Ye.
É composta por:
sample (um trecho de alguma música/produção já existente, mais aguda e robótica);
assovio (geralmente bem fino);
muitos elementos agudos e estourados.
Em agosto de 2023, um trecho da música “Faz Macete 3.0”, do DJ Roca, de Osasco, na Grande São Paulo, com Vitinho Beat, viralizou no Twitter gringo. O engajamento foi tanto que a música chegou ao rapper americano, que usou um sample do DJ Roca na música “Paperwork”.
Kaique define a bruxaria como uma mistura do que é ouvido e visto em filmes de terror e suspense, só que em formato musical. Em alguns momentos, o silêncio é utilizado para potencializar todo o barulho que virá depois.
“A informação que a gente leva na bruxaria é um lado que é mais rave, mais eufórico, um lado musical mais contagiante. Porque a gente coloca muita informação dentro das músicas de bruxaria, ‘tuins’, samples de rock, samples mais finos, muita coisa repetitiva. Então, é como se fosse uma rave da favela, só que mais pesada. Uma rave com rock e um toque de funk. Essa é a bruxaria”, afirma.
DJ K
Fábio Tito/g1
Para Kaique, as músicas produzidas por ele se casam com a realidade da periferia. Quando começou, misturava elementos do rock e de filmes de terror e colocava tudo em uma faixa só.
Kaique está quase sempre encabeçando o baile do Heliópolis. Quando questionado se não toca ritmado no baile e sobre a rivalidade entre DJs, ele afirma que toca os que “fazem sucesso”.
“Digamos que é 80% bruxaria e 20% dos outros ritmos. Não tem rivalidade, tanto que vem DJ de ritmado tocar no Helipa e vai DJ de bruxaria tocar na Marcone. Então não vejo como algo nosso, é mais algo que o público já espera de cada baile, já é algo meio polarizado.”
Como é feita uma ritmada?
DJ João Marconex, de ritmado da Zona Norte de SP
Fábio Tito/ g1
“Ritmado é vida, é mais gostoso, você escuta mais a letra, você dança mais, curte melhor”, diz o DJ João Marconex para defender seu ritmo. Cria da Vila Maria, na Zona Norte da capital, o jovem de 22 anos fez carreira no baile da Marcone.
É composto por:
beat com instrumentos como conga, tambor e etc;
o beat recebe uma marcação, uma espécie de buzina;
a música recebe uma melodia que “ritma” o som, literalmente dando ritmo;
o ritmado é mais limpo de barulhos e a composição do MC é mais longa do que na bruxaria.
João é um defensor árduo do ritmado. “Aqui na Norte não toca bruxaria, só se estiver fazendo sucesso. Aqui é só ritmado, uma música envolvente, quando toca todo mundo dança, dá para escutar o MC”, afirma.
O sonho de viver de funk, para João, é como o dos jovens que querem virar jogador de futebol. “Eu via MC Pedrinho pequeno ganhando o mundo e coloquei na minha cabeça que era isso que queria para a vida, com o ritmado.”
João cresceu entre a favela da Marcone e a do Heliópolis, mas escolheu como estilo o ritmado
Fábio Tito/g1
Ele largou a escola no sexto ano do Ensino Fundamental e aprendeu a produzir sozinho com vídeos no Youtube e usando o celular da mãe, na época.
Não se sabe exatamente quando o ritmado nasceu, mas ele vem se reinventando ano a ano com os DJs da Zona Norte. Um grande nome do ritmo é a MC Dricka, presença certa pelos festivais de música do Brasil e queridinha das musas do pop alternativo internacional.
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Para João, o ritmo é um marcador da identidade da Zona Norte e não existe briga entre os DJs dos ritmos. Assim como Kaique, ele entende que a polarização existe mais por conta do público.
“Não tem treta entre a gente; já teve, mas tudo foi resolvido. Acho que é uma questão muito natural do público mesmo. A galera aqui não gosta de bruxaria, se a gente toca, eles já estranham porque está todo mundo acostumado com o ritmado”, afirma.
Igual água e óleo: não se misturam
Para quem trabalha em festas na cidade, a bruxaria e o ritmado são como água e óleo: não se misturam. Não por um motivo regional, mas pela estrutura musical, que é muito distinta uma da outra. Musicalmente falando, as ondas sonoras de cada ritmo são quase impossíveis de combinar.
Lorrayne Caroline Ferreira Dos Santos, de 26 anos, a DJ Lorrayne, afirma que a quantidade de elementos na bruxaria – e o tempo de cada elemento -, impede que ela seja remixada com o ritmado.
DJ Lorrany, trabalha com música desde os 14 anos
Fábio Tito/g1
Por que isso acontece?
Quando a música é colocada em um mixer, ou seja, em um aplicativo onde o DJ consiga ver a estrutura sonora dela, é criada uma onda sonora onde ficam presentes os elementos do som. Para remixar, o DJ precisa ficar atento ao tempo da música, para que a próxima entre no momento correto.
Geralmente, esse tempo precisa ser limpo, para que não seja uma entrada muito agressiva e, segundo Lorrayne, assuste a pista de dança. Como a bruxaria é mais “suja”, com mais elementos, o tempo dela fica mais “poluído”. Por conta disso, é difícil colocar um ritmo distinto junto com ela.
“Quando você coloca na linha do tempo, dá para ver a diferença mais marcada. Você tem que saber muito bem a contagem da música para entrar certo. E é a identidade de cada região, então tem que respeitar”, afirma.
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Fábio Tito/g1
Mercado masculinizado
Apesar do funk ser um mercado mais “fácil de produzir”, ainda é um ambiente masculinizado e fechado para mulheres.
“Muitas MCs trilharam caminhos no funk para a gente estar aqui agora, não é de hoje que tem mulher no funk – sempre teve. A diferença é o acesso e as condições que ela tem para cantar. Se o cara te chama para cantar, e ele não vai te comer, muitas vezes ele não vai te chamar de novo nem sequer lançar a música”, afirma a Dj Dayeh.
Dj Dayeh e Bibi Drak em estúdio.
Fábio Tito/ g1
Bianca Mercês d’ Conte, de 22 anos, a Bibi Drak, contou ao g1 que a letra da música “As Mais Top” estava escrita há anos, mas nenhum produtor topava gravar por ser uma letra “limpa”, sem palavrões, gemidos ou uma descrição de relação sexual.
Bibi cresceu próximo à favela da Alba, na Zona Sul de São Paulo. Com 14 anos, já frequentava bailes, principalmente o da D17, em Paraisópolis, mesmo sem a permissão dos pais. “Era a música que me atraía, porque música de baile só toca em baile, não tem jeito. Aquele tipo de música você só escuta dentro da favela, e isso me atraía.”
“Acho que quando você é MC, tem cara que já te chama para o estúdio com segundas intenções. E, como são frustrados, depois nem te chamam mais. Pior de tudo é quando você não faz o que ele está esperando e a sua música nem é lançada. Isso já me aconteceu milhares de vezes. Então sempre foi bem difícil de lidar e conviver com isso porque fui lá para trabalhar, dediquei meu tempo, dinheiro, porque a gente não aparece lá do nada. É todo um investimento perdido”, afirma.
Reconhecimento internacional
Recentemente, produções dos bailes de São Paulo foram compiladas em um álbum pela rádio britânica NTS e esse disco (funk​.​BR – São Paulo) foi avaliado pela “Pitchfork”, uma das revistas de músicas mais influentes do mundo, que chamou o funk paulista de “montanha-russa de maximalismo club” de “criatividade infinita”.
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Fábio Tito/g1
Dayeh está no disco com a música “As Mais Top”, produzida por ela com a MC Bibi Drak. O sucesso já até rendeu convite para tocar na Europa, mas ela recusou: “Não vou tocar na gringa com os caras querendo pagar o mesmo que ganho aqui, não sou boba. Tem que pagar na moeda deles, que vale mais do que a nossa”.
“Eu nem sei o que são essas coisas: Pitchfork, NTS, The Fader, de verdade não sei. Só sei que o meu sonho era ter minha música tocando em um paredão e isso está acontecendo”, afirma Bianca Mercês d’ Conte, de 22 anos, a Bibi Drak.
Zonas Leste e Oeste
“Na Zona Leste é mais agitado, mais dançante. A gente usa muita relíquia, que são elementos do funk mais antigo, só que com um grave que acaba dando uma atualizada”, afirma.
Na Zona Leste, o ritmo que se consagrou é o “magrão”. Segundo o DJ Guilherme Duarte, ele é mais limpo, sem muito elementos além do tradicional beat e a voz do MC.
O magrão surgiu por causa do “passinho do Magrão”, ou o famoso “passinho do Romano”, que era um dançarino da Vila Romana. O passinho do Romano estourou nas redes sociais em meados de 2014, e os produtores locais começaram a produzir em cima do funk daquela época e de mais antigos, trazendo o ritmo que se perpetua na Leste até hoje.
Guilherme tem 28 anos, atualmente mora no Litoral, mas é da Zona Leste e começou a tocar nos bailes da região. “Sempre que toco em outra região que não é minha ‘casa’, levo o meu ritmo. Acho que a diferença com os outros é que usam mais elementos, mas no magrão a gente leva mais elementos do beatbox.”
Na Zona Oeste, o funk vira uma mistura de todos os ritmos e cada DJ produz de acordo com o que mais gosta de ouvir. Vinicius Dias, de 21 anos, mais conhecido como DJ Vini da ZO, sempre coloca elementos do ritmado nas suas produções, mas com uma presença mais forte do som do berimbau e de sax.
“A gente puxou as relíquias e deu esse nome como uma homenagem, mas foi tudo espalhado no boca a boca”, afirma Guilherme.
“A minha família é toda da música, meus pais cantavam na igreja. Eu comecei a produzir faz uns sete anos, aprendi tudo sozinho. O funk que mais escuto é o ritmado, então acabo brincando mais com esses elementos. Aqui [na Oeste] a gente sempre mistura todos os ritmos das outras regiões.”

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