Isaac Sidney disse em entrevista à GloboNews que receberia a indicação com “naturalidade, tranquilidade e otimismo” e ressaltou o trabalho de Galípolo no Banco Central. ‘É alguém que já está experimentado’, diz presidente da Febraban sobre Galípolo para BC
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, falou nesta terça-feira (27) sobre a possível indicação pelo presidente Lula (PT) do nome do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil (BC).
“É alguém que já está experimentado, testado, diria aprovado. Caso o presidente Lula confirme a indicação do que se fala em relação ao novo presidente do Banco Central e caso o Senado Federal venha sabatinar e aprovar, eu receberia a indicação de Gabriel Galípolo com muita naturalidade, tranquilidade e otimismo porque percebo nele um grande aprendizado nessa passagem prévia pelo Banco Central”.
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Atual diretor de Política Monetária do BC, Galípolo antecipou o retorno a Brasília nesta segunda-feira (26) a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme apurou a TV Globo. Ele foi chamado para ficar de “sobreaviso”, caso Lula decida oficializar a sua indicação, que terá de ser aprovada pelo Senado.
Galípolo até o momento é o favorito para ser indicado como sucessor de Roberto Campos Neto à frente do BC. O atual titular da autoridade monetária encerra sua gestão em dezembro, após cumprir o mandato de quatro anos.
Antes de confirmar a escolha de Galípolo, Lula tenta acertar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma data para a sabatina do economista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ministros da área econômica querem convencer Lula a anunciar Galípolo ainda nesta semana. Assim, ele poderia ser sabatinado já na semana que vem, a última com trabalhos presenciais no Senado antes das eleições municipais.
Sidney defende a indicação o quanto antes.
“Nós sabemos que o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem data hora para sair: 31 de dezembro de 2024. Seria útil para esse debate da sucessão e para evitar ou dissipar especulações ou para que não haja qualquer dúvida sobre o perfil do novo presidente do Banco Central, que o presidente da República exercesse a sua prerrogativa e fizesse essa indicação”.
Depois, a sabatina e aprovação de Galípolo podem ficar só para novembro, o que não é desejável pelo governo.
No momento, os parlamentares estão concentrados em apoiar os candidatos de suas regiões, o que reduzir o ritmo de atividades do Congresso Nacional.
Galípolo é um economista próximo de Lula. Ele atuou na campanha do petista, na equipe de transição de governo e no Ministério da Fazenda antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC.