20 de setembro de 2024

‘Gigante da FAB’ reforça combate aos incêndios no Pantanal em MS; veja vídeo

Nesta quarta-feira (28), a aeronave está atuando em um combate próximo ao Campo de Instrução de Betione, na região de Miranda. KC-390 Millennium da FAB combate incêndios no Pantanal
A aeronave KC-390 Millennium, uma das maiores da Força Aérea Brasileira (FAB) está atuando, nesta quarta-feira (28), no combate a um incêndio nas proximidades do Campo de Instrução de Betion, em Miranda. Este avião é capaz de lançar até 12 mil litros de água com alta precisão em áreas críticas
Este modelo, desenvolvido pela EMBRAER, começou a ser utilizado pela FAB no combate aos incêndios do Pantanal em junho deste ano. O KC-390 está equipado com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS2) que é operado a partir de um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda da aeronave.
Conforme as informações divulgadas pela FAB, o sistema pode ser rapidamente instalado ou removido do KC-390, permitindo que a aeronave seja utilizada em outras missões. O reabastecimento de água é feito por um reservatório em solo, com capacidade para 22 mil litros, garantindo operações contínuas no combate ao fogo.
Com capacidade para lançar até 3 mil galões de água em uma única operação, o sistema aumenta a precisão e a eficácia no combate aos incêndios, especialmente em áreas de difícil acesso, como o Pantanal, em que são realizados voos em baixa altitude, baixa velocidade e com temperaturas elevadas.
Esta não é a primeira vez que a Força Aérea realiza esse tipo de trabalho, tanto no Brasil quanto no exterior. Em 2015, a instituição utilizou um C-130 Hércules e um helicóptero H-34 Super Puma para combater incêndios na Chapada Diamantina, na Bahia.
Em 2017, um C-130 Hércules foi empregado no combate a incêndios no Chile, lançando mais de 500 mil litros de água na região de Bío-Bío, uma das mais afetadas. No mesmo ano, aeronaves da FAB foram utilizadas para combater incêndios na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
Incêndios no Pantanal
Nos últimos três meses, mais de 2,3 milhões de hectares foram devastados pelas chamas, uma área que representa 15,37% de todo o território pantaneiro no Brasil. Apenas entre segunda e terça-feira desta semana, 72 novos focos de calor foram registrados em Mato Grosso do Sul, dos quais 25 se concentram no Pantanal. Em Porto Murtinho, na Terra Indígena Kadiwéu, 17 focos seguem ativos, agravando ainda mais a crise ambiental na região.
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