19 de setembro de 2024

GLO em portos e aeroportos deve ser prorrogada, defendem setores do governo; decisão cabe a Lula

Atuação de militares foi autorizada pelo presidente no ano passado em meio a uma crise na segurança pública do Rio. Prazo da operação terminará na sexta, se não for renovado. Forças armadas atuam na prevenção de atividades ilícitas nas regiões portuárias definidas pelo Decreto da GLO
Divulgação/Marinha do Brasil
Integrantes do governo defenderam nesta terça-feira (30) a manutenção da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A decisão final sobre a prorrogação caberá ao presidente Lula.
Assinada em novembro do ano passado por Lula, a GLO autorizou o emprego de militares nos portos de Rio de Janeiro (RJ), Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). A medida valerá até sexta-feira (3), caso não seja prorrogada pelo presidente.
À época da assinatura da GLO, o Rio de Janeiro enfrentava uma crise na segurança pública após a morte de um miliciano. Na ocasião, diversos ônibus, carros e trens foram queimados e ruas foram fechadas, por exemplo.
Antes de Lula autorizar a medida, houve diversas reuniões no Palácio do Planalto entre ministros, entre os quais Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (então ministro da Justiça) e José Múcio Monteiro (Defesa). As discussões giraram em torno de: o instrumento a ser adotado; como seria a atuação; e por quanto tempo.
A GloboNews apurou que na próxima quinta-feira (2) deve acontecer uma reunião entre integrantes do primeiro escalão do governo para avaliar os seis meses da GLO em vigor e para definir se a medida será prorrogada ou não.
Segundo integrantes do Ministério da Justiça, a avaliação na pasta é que a medida deve ser prorrogada.
Pessoas próximas ao ministro da Defesa, José Múcio, disseram que ele não se opõe a uma eventual prorrogação. E que entende que a decisão deve ser do presidente Lula.
Balanço de seis meses
Dados do Ministério da Justiça mostram os seguintes resultados dos seis meses de GLO em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo:
2.841 pessoas presas
274 armas apreendidas
144 toneladas de drogas apreendidas
31 mil bens apreendidos
Entre as drogas mais apreendidas, estão:
120 toneladas de maconha
11,2 toneladas de cocaína
5,1 toneladas de base de cocaína
Ao todo:
157 mil veículos foram revistados
10 mil embarcações tiveram a documentação verificada
7,813 contêineres foram vistoriados
Garantia da Lei e da Ordem no Porto de Santos completa cinco meses
Atuação integrada
Quando assinou a GLO, o presidente Lula disse que a medida tinha como objetivo garantir a atuação integrada das forças de segurança no combate ao crime organizado.
Lula também já havia dito que não gostaria de ver militares subindo favelas e trocando tiros com “bandidos”.

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