Atividade realizada neste sábado (24) trouxe cases de inovações sociais e debateu a importância de iniciativas de impacto. Palestra contou com a participação de José Mattos, Antônio Abelém, Glauco, Débora Sales e Mona Nóbrega (participação online), além de mediação de Giselle Sakamoto.
FRAM
Com a temática “G20 social: potencializando a contribuição das inovações sociais”, a primeira palestra do último dia da Glocal Amazônia 2024, neste sábado (24), trouxe cases de inovações sociais e debateu a importância de iniciativas de impacto.
A Glocal Amazonia é uma iniciativa apoiada pela Fundação Rede Amazônica que proporciona diálogos com potências de relevância nacional e internacional sobre soluções sustentáveis, inovação sistêmica, negócios de impacto, bioeconomia e outros temas essenciais para o bioma amazônico, que afetam a sociedade brasileira de modo geral.
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A atividade contou com a participação de José Mattos, Antônio Belém, Glauco, Débora Sales e Mona Nóbrega (participação online), além de mediação de Giselle Sakamoto.
O G20 social tem como objetivo ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, que é o fórum de cooperação econômica internacional, que reúne as 19 maiores economias do mundo, incluindo o Brasil.
Um dos cases citados durante a palestra foi o Programa Regenera, do Sebrae. O Regenera oferece mentoria especializada, oportunidades de networking, workshops e a chance de captar até R$ 20 mil em investimentos. O foco é identificar e premiar startups que desenvolvam modelos de negócio sustentáveis, escaláveis e que gerem impactos positivos social e ambientalmente.
José Mattos, diretor do Capítulo Brasil da ANDE, uma rede de empreendedorismo que apoia economias emergentes em âmbito global, comentou sobre como outros países têm utilizado de políticas públicas e do setor privado para desenvolver e viabilizar novas metodologias.
“Eu acho que principalmente acelerar na questão da taxonomia sobre a economia, negócios de impacto, a gente já tem feito isso, porque nós temos um quadro normativo. Esse é o primeiro passo. A segunda coisa é a gente melhorar os nossos mecanismos de implementação das políticas públicas. E depois a fiscalização, comando e controle. Eu acho que nesse sentido outros países estão melhor posicionados do que a gente”, pontuou Mattos.
O coordenador da Coalizão pelo Impacto em Belém (PA), Antônio Abelém, comentou sobre o fato de negócios de impacto (social e ambiental) serem o futuro do empreendedorismo.
“A gente vive o que a gente chama hoje de impacto socioambiental positivo. Nós consumidores, de uma maneira geral, não consumimos mais as coisas preocupadas exclusivamente com o preço ou com a qualidade, mas a gente quer saber também qual a história daquele produto, qual o índice, impacto que aquele produto gera no meio ambiente, qual o impacto social e impacto positivo”, destacou Abelém.
Outro case foi o Karú Amazon Food, empresa que foca num negócio que envolve insumos amazônicos e preservação ambiental, além de técnicas de defumação locais. Segundo o palestrante Glauco, palestrante e um dos criadores, o nome Karú veio de ‘comer’, na língua indígena.
Por fim, Antônio Abelém ressaltou a importância de um ecossistema que potencialize negócios de impacto, funcionando como uma rede de apoio.
“A gente precisa de aceleradoras e incubadoras preparadas para orientar um negócio de impacto. A gente precisa de políticas públicas e precisa que o governo prepare essas políticas públicas de forma adequada para ajudar esses negócios de impacto. A gente precisa de financiadores que deem dinheiro para esses negócios com o que a gente chama de capital paciente, porque são negócios que demoram mais a ter rentabilidade, então tem que ter uma atenção diferenciada. Precisamos também que as universidades estejam atentas na formação dos seus recursos humanos”, finalizou.
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Com o intuito de colocar o bioma amazônico no centro das principais discussões sobre sustentabilidade, a segunda edição da Glocal Experience na Amazônia teve início na quinta-feira (22) e segue até este sábado (24), no Centro Histórico de Manaus.
Ao longo dos três dias do evento, foram promovidas diversas ações socioambientais, como o Drive-Thru Ambiental e as Máquinas de Coleta de Resíduos, que estiveram presentes no Largo de São Sebastião.
Em breve, a Fundação Rede Amazônica realizará um plantio de mudas para compensar o carbono produzido durante a execução do projeto.