16 de novembro de 2024

Glocal Amazônia destaca importância da inclusão da educação indígena no Brasil

Tema foi abordado na conferência ‘Educação Transformadora: Inclusão e Qualidade na Amazônia’. Glocal 2024 debate a importância da inclusão da educação indígena no Brasil
Divulgação
A inclusão da educação indígena no Brasil está garantida pela Constituição Federal de 1988, que assegura às comunidades indígenas o direito a uma educação específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária.
Este tema foi abordado na conferência ‘Educação Transformadora: Inclusão e Qualidade na Amazônia’, realizada no segundo dia do ‘Glocal Experience Amazônia’, nesta sexta-feira (23), no Contemporâneo Eventos, em Manaus.
Ana Claudia Martins Tomás, conhecida como professora Claudia Baré, indígena da etnia Baré, foi uma das palestrantes do debate. Artesã e multiartista, Claudia encontrou sua vocação na educação e foi uma das líderes na criação do Espaço Cultural Indígena Uka Mbuesara Wakenai Anumarehit (Parque das Tribos) em 2014.
Durante o evento, Claudia compartilhou sua experiência acadêmica e a importância de inserir a cultura indígena no ambiente escolar.
“Sempre busquei incluir a língua indígena, seja por meio de palavras ou arte cênica, dentro da sala de aula. É fundamental que os jovens indígenas se conectem com sua cultura e herança,” afirmou. Ela também destacou a relevância de criar peças que abordem temas indígenas.
Alunos do Instituto de Educação do Amazonas (IEA) assistiram à palestra com atenção. Claudia enfatizou a importância de os jovens, especialmente aqueles com ascendência indígena, se comprometerem com a educação dos povos originários.
A Secretária de Estado de Educação e Desporto Escolar, Arlete Mendonça, também participou da discussão e falou sobre os desafios de oferecer educação de qualidade no Amazonas. “Compartilhei exemplos dos trabalhos desenvolvidos no Estado e a importância de disseminar o conhecimento necessário,” disse.
Arlete destacou o projeto ‘Escola na Floresta’, iniciado em julho deste ano na comunidade Bom Jesus do Angelim, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São Sebastião do Uatumã, Amazonas. Esta é a primeira escola do tipo no Brasil, com capacidade para 200 alunos, divididos entre tempo integral e período noturno.
“Os desafios são imensos, especialmente no vasto território do Amazonas. Utilizamos diversos recursos, como o Centro de Mídia, que atende mais de duas mil salas em comunidades do estado,” concluiu a secretária.

Mais Notícias